
Crianças pequenas podem apresentar comportamentos que, para os adultos, são considerados “fora do comum”, ou até mesmo anti-higiênicos.
Antes de recorrer ao pediatra a cada novidade, é importante analisar se esse tipo de atitude acontece por pura curiosidade e entender que a forma de reagir com os filhos pode fazer toda a diferença para o desenvolvimento deles.
Em entrevista à revista Parents, a pediatra Candace Jones comentou sobre nove comportamentos que podem parecer incomuns, mas são mais inofensivos do que se imagina.
Confira os 9 comportamentos “peculiares” em crianças que, na realidade, são normais
1. Restrição a alimentos repentinamente
Se um bebê costuma comer de tudo um pouco, ou gosta muito de um certo tipo de alimento, mas de repente demonstra que não quer mais comê-los, não há motivo para preocupação.
De acordo com a médica, crianças pequenas que se tornam seletivas na alimentação não apresentam problema. As causas dessa mudança repentina pode ser, simplesmente, falta de fome ou desenvolvimento do paladar e até sensibilidade a diferentes texturas.
Nesses casos, é importante ter paciência para compreender a situação e oferecer outras fontes dos nutrientes necessários.
2. Regressão
Perceber que um bebê que estava aprendendo a usar o penico agora está fazendo xixi nas calças várias vezes ao dia pode ser frustrante, mas é essencial manter a paciência. Jones indica que esse pode ser um comportamento atrelado à mudança de rotina.
Chegada de um novo bebê na família e desenvolvimento do corpo, por exemplo, podem estar atrelados a problemas com desfralde e noite de sono mal dormidas. Para resolver, basta recondicionar a criança aos poucos e oferecer acolhimento.
3. Colocar a mão nas calças
Esse fenômeno é explicado por um fator simples: a criança está explorando o próprio corpo. Ela descobriu as mãos e outros formatos que seu corpo possui, inclusive aquelas partes dentro das calças.
Nessa situação, os pais podem não dar muita importância e eventualmente a fase deve passar. Vale apenas prestar atenção para evitar infecções, visto que os bebês tendem a encostar em tudo.
4. Bater a cabeça
O conselho da especialista é o mesmo do anterior: não dê muita importância. Isso porque bater a cabeça pode ser rítmico e proporcionar estímulos calmantes para crianças que estão com dor ou sonolentas.
Pode ser um sinal ainda de que os pequenos estão chateados. Se a atitude for incômoda, experimente redirecionar ou distrair as crianças.
5. Brincar com o cocô
Apesar de nojento e anti-higiênico, esse é um comportamento normal para crianças pequenas. A pediatra comenta novamente que a atividade é um efeito da exploração — desse caso, do que sai do corpo delas e a sensação.
E melhor: é sinal de que pode começar o desfralde.
No entanto, é essencial que os pais não deixem os filhos comer as próprias fezes visto seu potencial de gerar infecções. Se você flagrar uma criança brincando com o cocô, começe a ensiná-la onde fazer suas necessidades.
6. Brincar com a meleca do nariz
Efeito da mesma descoberta corporal citada anteriormente. Cutucar o nariz pode ser menos nojento do que mexer com fezes, mas ainda assim merecem atenção para não contrair infecções.
Ainda que seja uma situação bem comum, causada por coceira ou até mesmo nariz entupido, vale consultar o médico nos casos em que os pais suspeitarem de outras motivações.
7. Ter amigos imaginários
As crianças que brincam com amigos imaginários ou em cenários imaginários estão exercitando sua mente e criatividade. Ainda que pareça estranho, especialmente quando ela está perto de outras crianças, essa pode se tornar uma grande habilidade social no futuro.
Isso porque ela saberá interagir com mais pessoas em novos ambientes, desenvolvendo habilidades emocionais, cognitivas e motoras também.
8. Não querer ficar com roupa
Se o filho pequeno se recusa a colocar roupas, pode haver um incômodo sensorial — às vezes pelo tecido ou etiqueta — que eles não conseguem expressar verbalmente.
Em outros casos, crianças que insistem em ficar em casa sem roupas podem indicar a vontade de chamar atenção. Nessas situações, a médica aconselha esperar que a fase passe, tentando não dar tanta importância.
9. Balançar para frente e para trás
Diversas crianças usam esse método para se acalmar e tentar dormir, trazendo sensação de aconchego. Isso se dá pelo movimento repetitivo.
A pediatra comenta que esse tipo de comportamento repetitivo geralmente cessa por volta dos três anos de idade. Em caso de dúvida, vale consultar o pediatra.
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