
Ah, a culpa materna... Ela sempre nos pega de um jeito ou de outro. Com a chegada do segundo filho, o sentimento pode se intensificar, já que fica ainda mais difícil dar conta de tudo e dividir a atenção. Em um vídeo comovente, Cristiany dos Santos Dias, 26, de Curitiba (PR), compartilhou o registro de um momento de exaustão, enquanto cuidava sozinha das duas filhas, Alana, 3 anos, e Maria Ísis, então com apenas 25 dias.
A culpa da maternidade
Reprodução/Instagram
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No vídeo que viralizou, Cristiany aparece cansada, com lágrimas nos olhos, segurando Maria Ísis no colo, enquanto a primogênita aparece dormindo sentada em uma cadeira, com a cabeça apoiada sobre a mesa. “Hoje, enquanto cuidava da mais nova, ela dormiu sozinha, sentada e chorando. Nunca me senti tão triste e sobrecarregada em toda a minha vida”, escreveu ela na legenda — uma frase que ecoou profundamente em muitas mães nas redes sociais.
Cristiany conta que tudo aconteceu em questão de minutos. “Eu tinha acabado de amamentar a Maria Ísis e estava esperando que ela arrotasse. A Alana queria brincar, chorava, e eu tentava conversar, distrair, mas nada a acalmava. Quando vi, ela tinha dormido sentada”, lembra, em entrevista a CRESCER.
O desespero veio junto com a culpa. “Me senti uma péssima mãe. Gravei o vídeo para mandar para o meu marido, achando que ele poderia me acalmar. Depois coloquei a bebê na cadeirinha e levei a Alana para a cama”, relata. “Compartilhei o vídeo para saber se outras mães já tinham passado por isso e muitas disseram que sim. Recebi mensagens de apoio, mas também críticas”, ressalta. Algumas pessoas sugeriram que ela “deveria pegar as duas no colo”, sem saber que Cristiany estava no pós-parto, com pontos devido à laceração do parto normal, sem poder fazer esforço. “Eu não tinha como. Eu estava no meu limite”, explica.
Na época, ela estava na Espanha, a filha mais velha não estava na escola e ela não tinha nenhuma rede de apoio, enquanto o marido trabalhava. “Hoje, nossa rotina está muito melhor. Voltei para o Brasil para ficar perto da minha mãe e ter ajuda”, conta. “Aos poucos, estou aprendendo a lidar com as crises da Alana — e a entender que simplesmente não conseguimos dar conta de tudo”, afirma.
Mesmo assim, ela diz que tenta entregar o melhor que pode. “É incrível como, mesmo no meu pior dia, eu esquecia da dor para dar o meu melhor para elas”, observa. O vídeo é mais um exemplo de quando o peso da culpa materna se mistura com amor e cansaço. No fundo, as mães têm um objetivo em comum: o de acertar.
A história viralizou porque fala de algo universal: o peso da culpa materna — e como ele se mistura com amor, cansaço e o desejo profundo de acertar.
Assista ao vídeo abaixo (se não conseguir visualizar, clique aqui):
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