Tuesday, December 8, 2020

Pandemia: brasileiras passaram a cozinhar mais e abandonaram dietas, diz pesquisa

Mãe e filho cozinhando juntos (Foto: Shutterstock)

 

É fato que a pandemia mudou a rotina da população, não só brasileira, mas mundial. Mas uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou algumas mudanças curiosas. Depois de analisar como as mulheres brasileiras — de diferentes classes sociais e estados nutricionais — vivenciaram esse momento, tanto aspectos psicológicos como em relação aos seus hábitos e escolhas alimentares. Os dados mostram que elas cozinharam mais, diminuíram as idas aos supermercados e usaram mais serviços de entregas (delivery). Além disso, muitas deixaram as dietas de lado.

Segundo os pesquisadores, as emoções influenciaram bastante as mudanças de hábitos. Segundo Carolina Fino, uma das coordenadoras da pesquisa feita na Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), o processo das escolhas alimentares é complexo e sofre influência de fatores fisiológicos, genéticos, psicológicos, sociais e econômicos, com destaque para os aspectos emocionais. 

POR DENTRO DOS NÚMEROS

A pesquisa foi realizada entre junho e setembro com 1.183 entrevistadas pela plataforma Google Forms. As mulheres foram recrutadas por meio de anúncios em mídias sociais (Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter), televisão, jornais e rádio; e englobou todas as regiões brasileiras. Porém, a maioria (74,5%) das participantes era da região Sudeste. Todas responderam questionário on-line que solicitava informações pessoais, demográficas, socioeconômicas e antropométricas, sintomas psicológicos, estilo de vida e hábitos alimentares.

Pelos dados, foi possível observar que o número de mulheres que participava das compras de supermercado reduziu bastante, cerca de 34%. Já o hábito de cozinhar em casa aumentou em 28% e o uso de serviço de entrega cresceu muito, 146%. Nesse caso, observou-se aumento de pedidos de comidas caseiras e de doces. No entanto, nenhuma mudança foi observada para o hábito de comer em frente à TV, tablet ou celular ou substituir as principais refeições por lanches.

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As participantes relataram ainda diminuir as dietas restritivas e o consumo de bebidas alcoólicas. Também houve aumento de 23% no número de mulheres que disseram que “beliscavam” ao longo do dia. “Gostar”, “necessidade”, “fome” e “hábitos” foram os determinantes das escolhas alimentares mais comumente relatados pelas participantes. Segundo Carolina, “o hábito de ‘beliscar’, se for feito com alimentos calóricos e com baixo valor nutricional,  pode levar ao ganho de peso”, alerta.

"Espero que os resultados auxiliem na condução e elaboração de estratégias de prevenção e combate ao aumento da incidência e prevalência das doenças crônicas que podem ser desenvolvidas e/ou iniciadas com hábitos alimentares inadequados em período de quarentena”, comentou a coordenadora da pesquisa, Carolina Nicoletti Ferreira Fino, nutricionista, pesquisadora e professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, em entrevista ao Jornal da USP.

 



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Alimentacao/noticia/2020/12/pandemia-brasileiras-passaram-cozinhar-mais-e-abandonaram-dietas-diz-pesquisa.html

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