Um terço das crianças nos Estados Unidos (32%) afirma ter tido experiências online ruins durante a quarentena, de acordo com levantamento feito pela Avast, empresa de segurança digital. Dois mil participantes com menos de 12 anos foram ouvidos através de questionários.
Entre o grupo que teve experiências ruins, 78% das crianças disseram ter recebido mensagens mal-educadas; 73% receberam conteúdo não solicitado e impróprio; e 76% foram contatadas por um estranho. Outros 71% baixaram acidentalmente um vírus de computador e 76% receberam uma chamada de vídeo desagradável.
Apesar de 47% dos pais afirmarem que atualmente estão tendo conversas mais abertas sobre segurança online com os filhos, nove em cada dez crianças (89%) disseram não ter confiança para contar o que aconteceu aos pais. Entre os motivos apresentados pelas crianças para não procurarem ajuda estão: medo (13%), vergonha (11%) ou não querer colocar um amigo em apuros (8%). Outros 11% afirmaram não querer perder o acesso ao smartphone, tablet ou laptop como consequência de contar a verdade, enquanto o mesmo número (11%) não reconheceu o incidente ou conteúdo como prejudicial.
A fim de encorajar conversas com crianças sobre as experiências que estão tendo online, a Avast sugere, no fim da pesquisa, três dicas para os pais:
• Mantenha-se calmo e receptivo: as crianças só vão contar o que está acontecendo se não temerem punições. Se elas acharem que os adultos ficarão com raiva, é menos provável que lhe digam o que houve.
• Fique atualizado com o mundo online: informe-se sobre os aplicativos que as crianças estão usando, os games que jogam, de quais redes sociais mais gostam e quais são seus interesses online.
• Prepare as crianças conforme o uso de internet delas evolui: todas as vezes que o pequeno der um passo no mundo virtual, é importante alertá-lo sobre o que vai encontrar a seguir. Por exemplo, se você decide permitir que seu filho tenha uma conta em uma rede social, informe-o sobre contatos e conteúdos inapropriados.
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