"Meu filho tem 2 anos e 7 meses e muita dificuldade para se comunicar. Ele fala poucas palavras, não consegue formar frases e, quando diz algo, é bem difícil de entender, porque sai tudo enrolado. O que eu faço?" ISADORA NOMAN, MÃE DE ANTÔNIO LUCCA, 2 ANOS
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UM POUCO POR VEZ
Meu filho tem 6 anos e também demorou para falar. As pessoas quase não o entendiam. Eu ia
tentando corrigi-lo quando ele falava algo errado. Com a escola, Miguel melhorou, mas até hoje fala algumas palavras confusas.
BRUNA PANCERI LUCINIO, MÃE DE MIGUEL, 6 ANOS E, JULIA, 11 MESES
ESTÍMULOS CONSTANTES
O meu caçula nessa idade falava bem atrapalhado, mas eu sempre o estimulei cantando, lendo livros, e também conversando com ele, mesmo que eu não conseguisse entendê-lo direito. Depois que ele começou a ir à creche, com 2 anos, tudo fluiu melhor.
ANDREIA DE SOUZA OLIVEIRA, MÃE DE CARLOS, 19 ANOS, E FRANCISCO, 8
COM MUITA CALMA
Aos 2 anos, minha filha falava pouquíssimas palavras, sempre bem confusas. Eu me desesperei! O pediatra nos aconselhou a ter paciência, porque cada criança tem seu tempo, mas sempre estimulando a pequena. Hoje, ela tem 2 anos e 7 meses, ainda não vai à escola, mas já tem um vocabulário muito mais extenso, forma frases, repete quase todas as palavras que falamos. No tempo dela... TATIANE GHERMANDI, MÃE DE LUIZA, 2 ANOS
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INTERAÇÃO
A Rebeca nasceu com fissura labiopalatina, por isso, fez fono “desde sempre”. Mas foi com a socialização com outras crianças que ela destravou. Se você ainda não quer colocá-lo na creche, veja se perto da sua casa tem local de recreação com circuitos de atividade lúdica, por exemplo. Fez a diferença na minha filha. AIDA LOPES SIROTHEAU CORRÊA, MÃE DE REBECA, 4 ANO
PALAVRA DE ESPECIALISTA
Investigação completa Entre 18 meses e 2 anos, espera-se que a criança fale por volta de 50 palavras. Até os 3 anos, o vocabulário aumenta, e ela consegue produzir entre 200 e 400 palavras. A fala do pequeno ainda está um pouco distante da do adulto, porém, quem convive com ele consegue compreendê-lo melhor.
Ao notar possibilidades de alteração, tanto na qualidade quanto na quantidade da linguagem da criança, a orientação é buscar uma avaliação de um fonoaudiólogo. Assim, ele poderá investigar se há necessidade de intervenção direta com sessões contínuas (uma, duas, três vezes por semana...), orientação periódica (mensal, bimestral...) para os pais e, ainda, se existe uma causa para tal dificuldade (alteração respiratória, auditiva, ortodôntica) que demanda tratamento complementar ou se é apenas parte do processo de desenvolvimento de linguagem.
É importante pensar também se há hábitos (chupeta, dedo e/ou mamadeira), outros aspectos alterados (se a criança possui algum problema para brincar, aprender ou interagir) e se tem havido evolução perceptível no desenvolvimento linguístico.
Lembre-se que a avaliação precoce é indicada por trazer melhores resultados, reduzir o tempo de tratamento e diminuir alterações relacionadas ao quadro.
LÍLIAN KUHN, FONOAUDIÓLOGA COM ESPECIALIZAÇÃO EM AUDIOLOGIA. TEM MESTRADO E DOUTORADO EM LINGUÍSTICA APLICADA E ESTUDOS DA LINGUAGEM. É DIRETORA-CLÍNICA DO ESPAÇO COMPASSO (SP)
PRÓXIMO MÊS "Minha filha de 3 anos não quer tomar banho. É uma guerra! E quando entra no chuveiro,só quer brincar. Não deixa lavar o cabelo, o rosto... O que eu faço?" MÔNICA DOS SANTOS GOMES, MÃE DE SAORY, 4 ANOS
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Desenvolvimento/noticia/2020/06/meu-filho-de-2-anos-nao-consegue-formar-frases-e-normal.html