Uma revisão publicada nesta quarta-feira (24) na Biblioteca Cochrane apontou que não há evidências robustas para o uso de probióticos no tratamento de grávidas com diabetes gestacional. Foram analisados nove estudos, envolvendo 695 mulheres com a doença, conduzidos no Irã, Tailândia e Irlanda.
“Com base nos ensaios clínicos disponíveis, as evidências são limitadas para apoiar o uso de probióticos como tratamento para mulheres com diabetes gestacional, a fim de melhorar os resultados da gravidez para mães e bebês”, diz o texto.
Se não controlado, o diabetes gestacional aumenta os riscos de hipertensão, eclâmpsia e do surgimento de diabetes depois da gravidez. Já o bebê pode ganhar muito peso (o que é chamado de macrossomia fetal) e nascer prematuro, além de ter maiores riscos de obesidade e diabetes quando adulto.
De acordo com a revisão, não há evidências seguras de benefícios dos probióticos para o risco de pressão alta da mãe, tamanho aumentado dos bebês, níveis de glicose no recém-nascido e sangramento intenso imediatamente após o nascimento.
É possível afirmar apenas, segundo a revisão, que os probióticos podem estar associados a uma ligeira redução de triglicerídeos e colesterol total, a uma redução na resistência à insulina e a uma queda no número de bebês com altos níveis de bilirrubina – que causa Icterícia.
“São necessários ensaios clínicos randomizados maiores e bem projetados para avaliar os efeitos dos probióticos no controle dos níveis de glicose”, conclui a revisão.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2020/06/estudos-veem-evidencias-frageis-para-uso-de-probioticos-no-tratamento-de-diabetes-gestacional.html