Bronquiolite é uma doença infecciosa comum, inflamatória, aguda, que envolve as vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos). A causa é viral, sendo o principal agente o vírus sincicial respiratório (VSR), mas vários outros vírus também podem causar o mesmo quadro (Influenza, adenovírus, rinovírus).
Sim. A bronquite é o nome popular usado para descrever quadros de asma, que é uma inflamação crônica das vias aéreas, levando a quadros de tosse e falta de ar. Há tratamento específico e que deve ser feito tanto na crise quanto fora dela para se evitar novos episódios. Tradicionalmente, a bronquiolite é o primeiro episódio de sintomas respiratórios associados ao chiado no peito em crianças pequenas. A transmissão se dá através de partículas respiratórias contaminadas.
O vírus causa inflamação das pequenas vias respiratórias que bloqueia de forma parcial ou completa os bronquíolos, ocasionando tosse. Os principais sintomas incluem coriza, tosse e cansaço. Pode ou não haver febre.
A bronquiolite é muito comum em crianças até dois anos de idade e de ocorrência sazonal, mais comum na época de outono e inverno no Brasil.
A grande maioria dos casos é leve e se resolve espontaneamente em até 7 a 10 dias apenas com uso de sintomáticos (hidratação, lavagem nasal e nebulização). No entanto, parte dos casos pode apresentar piora e complicações (cansaço intenso, necessidade de suporte de oxigênio), sendo indicada a internação hospitalar, que nos casos graves podem necessitar de UTI e suporte ventilatório. Há grupos com maior risco de complicações como cardiopatas, prematuros e portadores de doenças crônicas. Parte dos casos pode evoluir para o quadro de Bebê chiador, que são crises de chiado recorrentes (crises de sibilância) e nestes casos há necessidade de se instituir tratamento para as crises e também preventivo, para que esses episódios não se repitam, ou pelo menos, tenham menor intensidade. Daí a importância de seguimento pediátrico de rotina.
A prevenção dos quadros de bronquiolite é a mesma para todos os quadros de causa viral, inclusive o Covid-19:
- Evitar contato com indivíduos portadores de sintomas respiratórios.
- Evitar aglomerações.
- Lavagem frequente das mãos.
- Manter calendário vacinal atualizado.
- Se possível, manter o aleitamento materno.
- Para os paciente do grupo de risco para casos graves e para complicações
há a prevenção feita com imunoglobulina específica para o VSR (palivizumabe).
Fontes consultadas: Danielle Negri, pediatra do Grupo Perinatal, do Rio de Janeiro (RJ), e Fabiana Lopes Gribl do Carmo, pediatra da DaVita Serviços Médicos, de São Paulo (SP).
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