Wednesday, November 13, 2019

1 em cada 2 mães considera ser muito difícil conciliar a vida pessoal com a maternidade, aponta pesquisa

Mãe com criança abatida e cansada (Foto: Thinkstock)

 

O CineMaterna, cinema em São Paulo (SP) que organiza sessões especiais para mães (e pais) com um ambiente especialmente preparado para os bebês de até 18 meses, realizou, este ano, uma pesquisa sobre maternidade focado na experiência das mães de bebês de até dois anos. O objetivo é retratar os desafios da mulher quando vira mãe e passa por mudanças físicas e emocionais intensas.

O início da maternidade é, sem dúvida, um momento único e inesquecível na vida de uma mulher, mas junto a ele podem vir angústias e inseguranças que são pouco faladas. É isso que a pesquisa busca: um retrato das mães que nasceram no último ano, em todo o país e a sua relação com seu bebê, com trabalho, com lazer e com a família e sociedade. “Amo o meu filho, mas para mim a maternidade é um mundo dividido em momentos de muito amor e outros de muita solidão”, reforça depoimento coletado na pesquisa.

 

A pesquisa foi realizada por um questionário online de autopreenchimento voluntário no período de 25 de junho a 15 de julho de 2019. No total, participaram 2.090 mães com filhos de até 2 anos. A média de idade das mães era de 32 anos. “O mais difícil foi a primeira vez que tive que fazer cada coisa (...), a primeira saída, a primeira ida ao cinema, a primeira vez que ele ficou doente e assim por diante. Me deparei com situações em que me imaginei de um jeito e na hora me vi agindo de outro - muito mais paranoica, muito mais preocupada e super protetora - características que nunca imaginei que seriam minhas antes de me tornar mãe. Sou muito agradecida por ter uma grande rede de apoio, mas sempre penso nas mães que não têm (...)”, comenta outro depoimento. 

Nesse sentido, 36% das mães afirmaram estar só a maior parte do tempo e 67% disseram ter apenas o apoio do pai para exercer a maternidade. Vale lembrar que, no caso do pai, o esperado não é somente um apoio, mas uma contribuição integral com a divisão diária de tarefas. Excluída a participação do pai, 48% afirmaram ter o apoio de pelo menos uma pessoa. “A vida do pai do meu filho não mudou um fio de cabelo, enquanto a minha virou de ponta cabeça. Amo meu filho, renasci, mas queria que os pais em geral tivessem essas experiências da forma como a temos, mas sabemos que não é bem assim”, afirmou uma mãe em outro depoimento. 

 

Quanto aos principais desafios encarados pelas mães de primeira viagem, 50% afirma ser muito difícil conciliar a vida pessoal com a maternidade. “Conciliar a maternidade com a vida anterior é um desafio e tanto. Sobretudo estudo, trabalho e relação com o marido, porque o meu bebê demanda muita energia. Durmo pouco, descanso pouco e ainda nesse tempo ele está mamando. A linha é tênue entre prazeroso e desafiador!”, comenta outra mãe.

Quando o assunto é julgamentos e cobrança, 45% da mães se sentem muito julgadas e/ou cobradas, principalmente na vida profissional e pessoal. Apesar das mães de todas as faixas etárias se sentirem julgadas e cobradas, quanto mais jovens maior a percepção dessa exigência. Abaixo, alguns depoimentos de mães para a pesquisa:

• “Meu marido me cobra certos comportamentos e me julga quando não tomo atitudes que ele espera”.

• “A cobrança parte dos próprios familiares que, na maioria das vezes, querem impor como devo cuidar e criar minha bebê, que opinam em tudo e não respeitam minhas decisões”.

• “...Algumas outras vezes parte de amigos e outras de profissionais que me tratam como ‘inválida e descartável’ só por ser mãe.”

•  “Acho que o julgamento já é algo pré-estabelecido e às vezes até normalizado dentro da sociedade que veio sendo construída por muitos anos dentro do viés patriarcal. O mais interessante é que percebo que muitas vezes eu mesma me julgo e me cobro (e me frustro), então é um auto observador ligado para tentar não cair nessas armadilhas”

 

 

 

 

“É a realização de um grande sonho, porém exaustivo e às vezes assustador. São muitas descobertas, experiências de uma só vez e quase nunca nos sentimos prontas, preparadas para tudo. Nos cobramos muito também, queremos ser super heroínas dando conta de tudo sozinha e nos frustramos quando percebemos que é praticamente impossível... Mas é um novo mundo, colorido, fortalecedor, retiramos forças e ânimo de onde nem sabemos. É o maior amor do mundo, a melhor e mais prazerosa experiência.”, segundo depoimento para a pesquisa. 

A pesquisa foi realizada pela empresa NOZ, um ateliê de pesquisa e inteligência de negócios que se compromete a ouvir, observar e interpretar.



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2019/11/1-em-cada-2-maes-considera-ser-muito-dificil-conciliar-vida-pessoal-com-maternidade-aponta-pesquisa.html

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