"Bastou uma falha na tabelinha... e vieram mais dois". Aos 41 anos, a psicóloga Nathalia Gomes de Lima descobriu uma nova gravidez, natural, e dessa vez não planejada. Mas a mãe dos gêmeos Gabriel e Matheus, 11 anos, e de João, 5, não esperava que seriam novamente gêmeos. Agora, está à espera de mais dois meninos, e tenta, a cada semana, se acostumar um pouco mais com a ideia de ser mãe de 5.
“Foi uma surpresa para todo mundo. No início não tem como não ser um susto... De 3 passar para 5. Não tenho nenhum parente que teve gêmeos, e ainda mais duas gestações naturais gemelares, é um fato inédito. Por um lado, penso que, aos 41 anos, estou mais madura, o que será bom. Por outro lado, teremos que montar uma nova logística, que já era apertada”, conta à CRESCER.
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Em casa, a chegada dos caçulas - prevista para abril ou maio de 2021, já movimenta os sentimentos e planos de pais e filhos. “Incluir mais duas pessoas na rotina da casa vai mudar muita coisa. Os meninos já dão os primeiros sinais de ciúme. O João, de 5 anos, quer dormir toda noite comigo, como se sentisse uma ‘ameaça’ ao seu posto. Então está sendo um aprendizado administrar as minhas emoções e as deles, dos outros três. Também sei que vai mudar a organização do meu tempo. Vai diminuir... Será um desafio equilibrar tudo, mas estou longe de querer ser a Mulher Maravilha”, afirma.
Nathalia é autora de um blog em que dá dicas de viagens a famílias com crianças. “A ideia do kids2gether é mostrar que viajar com os filhos não é nenhum bicho de 7 cabeças. É na verdade uma oportunidade de estreitar laços, e de aprofundar os conhecimentos de toda a família sobre a história, a geografia, a cultura do lugar que se vai visitar... Dentro, claro, do que cabe para cada faixa etária, sendo mais lúdico com os pequenos”.
Ela, o marido e os filhos já visitaram mais de 40 destinos, mas desde o início da pandemia do novo coronavírus tiveram que se reinventar. “Na última viagem que fizemos, em outubro deste ano, nos reinventamos. Fomos de motorhome até Brotas, e foi uma delícia. Não sabíamos que havia essa alternativa no Brasil e funcionou super bem, curtimos e nos sentimos bastante seguros no sentido da pandemia”, conta.
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O "novo jeito" de pensar nas viagens, segundo Nathalia, também deverá ajudar a família a adaptar os passeios à sua nova composição. “Por conta do novo coronavírus e da gravidez, estamos dando preferência a alugueis de casas em vez de hotéis, para que possamos desinfetar tudo e controlar quem circula por ali. Acho que esse será um hábito que vamos continuar tendo mesmo após a pandemia, porque está sendo bem bacana.”
“Éramos 5. Agora estaremos em 7. Mas vamos continuar viajando assim que a pandemia deixar. Talvez agora o que mude é que ficarem mais em casas alugadas do que em hotéis. Somos muitos, acaba sendo mais econômico. Adoro também a rotina de ir ao mercado com as crianças, sentir o dia a dia daquela cidade que estamos visitando, e os meninos se sentem mais à vontade. Tem dado certo. A diferença é que em vez de dois quartos teremos que escolher casas com três quartos”, diz a mãe, que garante que não vai tentar uma menina: "Já deu. É meu limite", brinca.
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