Somos o que pensamos ser
Toda quarta era dia de natação. Andreia já sabia nadar, mas mergulhar era um constrangimento: como provocava uma grande onda toda as vezes que submergia, as colegas sempre gritavam “Andreia é uma baleia!”. São as imagens que nos revelam uma menina gordinha e triste. Na mesma hora em que o leitor começa a querer ajudá-la, o professor lhe ensina um truque: “somos o que pensamos ser. Para nadar bem, você precisa acreditar que é leve”. Parece um conselho estranho, mas, ao trocar de página, uma reviravolta se inicia. Em um jogo de textos e imagens, vemos a menina ora fingindo ser um canguru para saltar mais alto na ginástica, ora uma estátua para não sentir a dor da vacina. Na piscina, ela queria ser todos os peixes possíveis, inclusive uma baleia para fazer um grande mergulho. Delicadíssima abordagem à tão incompreendida gordofobia, em um livro corajoso e acolhedor que certamente pode transcender um público-alvo presumido.
Troca letras surpreendente
Aqui, palavra e ilustração são, ao mesmo tempo, personagens e linguagem: não dá para rir de uma sem reparar na outra. Assim, temos pato voando como um jato, tronco de árvore virando pé de dinheiro...
Listas e mais listas
Podem passar décadas, mas o hábito de fazer listas ainda é importante. Para quem brinca com palavras, é superdivertido! Ana Maria Machado, umas das mais importantes escritoras da nossa literatura infantil, apresenta-nos uma menina com muitos afazeres, elencando poemas de brincar de listar nesta obra, em plena celebração dos seus 50 anos de carreira.
Resgate (bem) trabalhoso
Leo era um menino de apartamento que, proibido de ter um animal de verdade, ganhou um cachorro de pano especial. Tudo ia bem até que um dia o colorido cãozinho desapareceu. O sumiço desencadeia, então, um resgate que envolve vizinhos bem diferentes. O texto, em ritmo cumulativo, diverte por meio de uma leitura em voz alta, enquanto as expressivas ilustrações nos fazem ir e vir para ver de novo. Irresistível!
Inventor de significados
O menino Andersen decide criar novas definições para palavras que ele estava cansado de saber. Assim, banheira vira “uma piscina egoísta”, cadeira um “lugar onde as crianças descansam depois de desarrumar a casa toda”, e por aí vai. Ambos os autores são grandes nomes da literatura contemporânea portuguesa.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Livros-pra-uma-Cuca-Bacana/Para-amar-ler/noticia/2019/11/5-livros-para-desenvolver-criatividade-das-criancas.html