A maioria dos avós mantém os remédios em locais que as crianças conseguem acessar durante as visitas dos netos, de acordo com estudo da Universidade de Michigan. Em outubro de 2018, 2051 avós entre 50 e 80 anos com pelo menos um neto menor 10 anos participaram da pesquisa. Quase todos afirmaram ter medicamentos em casa, desde suplementos vitamínicos até substâncias controladas.
Cerca de 71% dos avós mantem os medicamentos na embalagem original e o restante os organiza em caixinhas com divisórias que são mais fáceis de abrir. Apenas 1 a cada 20 avós afirmou guardar o remédio em algum móvel com tranca, cerca de 72% disse conservá-los em prateleiras altas de armários destrancados e cerca de 7% mantém os remédios em uma mochila ou bolsa.
Já quando os avós visitam os netos, cerca de 72% levam os remédios em uma bolsa ou mochila, 7% deixam os medicamentos em cima de um balcão e também 7% guardam-nos em armários ou gavetas com tranca.
Embora os números sejam dos Estados Unidos, no Brasil, esse tipo de acidente também é comum. “Há muitos avós que vivem com as famílias e é comum que as pessoas mais idosas precisem tomar remédios. Quando as caixinhas ficam ao alcance das crianças, mesmo que por pouco tempo, existe o risco”, diz Gabriela Guida de Freitas, coordenadora da ONG Criança Segura.
Para evitar que esses acidentes aconteçam na sua casa, o ideal é reforçar os cuidados com o manuseio e o armazenamento de medicamentos. Confira as dicas de Gabriela.
- A dica básica é manter os remédios em um lugar alto e, de preferência, trancado. “Se for só alto e não puder ser trancado, cuidado para não manter em cima de uma estante ou próximo de algum móvel que a criança consiga escalar”, diz a especialista.
- Se alguém da família está tomando uma medicação que precisa ser levada na bolsa, ou mesmo para quem carrega aquelas cartelas de emergência de analgésicos, por exemplo, é preciso prestar muita atenção no lugar em que essa bolsa é deixada, ao chegar em casa ou mesmo no carro. Lembre-se de deixar tudo fora do alcance dos seus filhos.
- Quando seu filho precisar tomar remédio, nunca diga que é “docinho” ou que é “balinha” para convencê-lo a ingerir a medicação. As crianças podem associar a informação e querer experimentar as substâncias, em horários ou doses erradas.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2019/07/maioria-dos-avos-mantem-remedios-em-locais-que-netos-conseguem-acessar-diz-estudo.html