Os números preocupam. O último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde indica que até o dia 18 de julho de 2019, foram registrados 561 casos de sarampo no Brasil. A maioria (484) no estado de São Paulo, seguido por Pará (53), Rio de Janeiro (12), Minas Gerais (4), Amazonas (4), Santa Catarina (3) e Roraima (1).
No estado de São Paulo, a capital concentra o maior número de casos; 363. Santos (22), Guarulhos (18), Santo André (18), Fernandópolis (12), São Bernardo do Campo (12), São Caetano do Sul (8), Mauá (5), Mairiporã (4), Ribeirão Pires (3), Diadema (2), Pindamonhangaba (2), Sorocaba (2) também há registros, mas em menor quantidade.
Em todas essas cidades — exceto as cidade de São Paulo e Mairiporã —, a orientação é dar continuidade ao calendário rotineiro com duas doses da vacina aos 12 e 15 meses, segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Gabriel Oselka. O alerta das autoridades da saúde, no entanto, é para quem mora na capital paulista. "Optamos por realizar a campanha de vacinação para quem tem entre 15 e 29 anos, pois é o grupo etário onde se concentra grande parte dos casos (34,9%). Mudanças no esquema de imunização fizeram com que essas pessoas não fossem adequadamente imunizadas", explica.
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Em algumas regiões com maior número de casos estão sendo realizados os chamados "bloqueios". "Nesse caso, a vacinação é feita de forma indiscriminada, ou seja, independentemente da quantidade de doses que a pessoa recebeu. Isso é feito para garantir uma cobertura maior. Mesmo que a pessoa já tenha tomado, uma dose adicional não será prejudicial", diz.
Por outro lado, quem tem mais de 30 anos e não sabe se tomou duas doses, por garantia, até poderia receber o reforço, no entanto, segundo a SBIm, a quantidade de doses é insuficiente para atender a esse público. "Provavelmente, grande parte dos pais já tomou pelo menos uma dose e não corre tanto risco. Então, a prioridade é o público de até 29 anos", afirma.
E AS CRIANÇAS?
Segundo o diretor da SBIm, todas as crianças com mais de 1 ano que já receberam as duas doses da vacina são consideradas imunizadas. "Quem tem um filho pequeno e já deu as duas doses — que normalmente são aplicadas aos 12 e 15 meses —, não tem necessidade de buscar o posto de saúde. Caso contrário, precisa ser imunizado para estar protegido", orienta.
No entanto, desde a semana passada, os bebês que moram nos municípios de São Paulo e Mairiporã, não devem esperar até os 12 meses para tomar a primeira dose da vacina. "A rotina de imunização das crianças que residem nesses municípios foi antecipada em seis meses. Ou seja, a primeira dose está sendo aplicada aos 6 meses. Depois, quando a criança completa 1 ano, retoma o esquema normal", explica. O motivo, segundo o médico, é o número de casos relacionados a essa faixa etária.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2019/07/sarampo-primeira-dose-de-vacina-em-bebes-e-antecipada-em-sao-paulo.html