Uma das maiores preocupações dos pais que estão em processo de separação é em relação aos filhos. Além das questões práticas sobre a guarda das crianças, é preciso acompanhar o impacto emocional do divórcio nos pequenos. Outro ponto importante, mas que nem sempre é levado em conta no início do processo e pode trazer dor de cabeça no futuro é em relação às finanças. O Valor Investe fez as contas e listou abaixo os diferentes tipos e gastos de cada divórcio, afinal, é preciso organizar as contas para a nova vida que irá começar a partir daí.
Na forma considerada mais simples, a separação total de bens, é possível oficializar o divórcio extrajudicialmente, ou seja, só no cartório, desde que não haja filhos menores de idade ou incapazes. Nesse caso, estima-se um custo mínimo de R$ 425 no cartório mais os custos com os honorários de um advogado, que, segundo a OAB têm o valor mínimo de R$ 3 mil.
Já o divórcio litigioso, ou seja, aquele onde não há consenso entre as partes, é o mais caro. Segundo o Valor Investe, a petição inicial custa 1% do valor da causa em cada ação (sim, podem ser várias!). Portanto, o valor pode ser de R$ 26,53 a R$ 79,5 mil. A partilha de bens pode custar de R$ 265,30 a R$ 79,5 mil. Os recursos também são pagos. A apelação, por exemplo, é 4% sobre o valor da causa.
Pode existir ainda a necessidade de contratação de um perito judicial e assistentes técnicos (como assistente social, psicólogo, engenheiros, etc), que podem custar de R$ 10 mil a R$ 200 mil. Os honorários do advogado custam no mínimo R$ 8 mil, que podem ser acrescidos de 10% a 20% sobre o valor dos bens e pensão. Os impostos, despesas com documentação e com registro de imóveis também devem ser pagos.
Como escreveu a colunista Ana Leoni, superintendente de educação financeira da Anbima, o regime de casamento é uma decisão econômica, não uma prova de amor.
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