O ritmo das gravações é intenso! Cada temporada é feita em um período de três meses, por isso, os detetives se dividem entre os estudos, pela manhã, e à tarde é a vez do set de filmagens. São seis horas diárias de gravações. Há cinco anos, essa tem sido a rotina de Pedro Henriques Motta, de 13 anos — que intepreta Pippo —, Anderson Lima, 15 — que faz Beto — e Letícia Braga, 14 — a Sol.
Os três fazem parte da terceira geração de detetives que contam as mais diversas histórias e desvendas todos os mistérios no lendário prédio azul. Recentemente, a infantil da Globosat completou 300 episódios. "Foi um objetivo nosso, desde o começo, fazer uma série brasileira infantil de qualidade. E o D.P.A vem crescendo em termos de qualidade de produção. Nos primeiros episódios tínhamos apenas dez efeitos especiais por temporada. Hoje, são mais de mil e duzentos efeitos. Virou uma série de alta qualidade de entrega", afirma a diretora Renata Brandão.
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Sobre a rotina de trabalho com atores tão jovens, ela explica: "Temos um estúdio dedicado ao D.P.A, onde a gente filma durante o ano inteiro, com todo um aparato muito especializado para atender e receber os atores crianças com psicólogos, nuitrólogos e toda uma asssitência de maneira que a gente consiga ter esse time maravilhoso com a gente há tanto tempo".
Quando começaram as gravações, Andreson, Letícia e Pedro tinham 10, 9 e 8 anos de idade. Durante o evento em comemoração aos 7 anos do canal Gloob nesta quarta-feira (26) em São Paulo, os "pequenos" conversaram com a equipe da CRESCER e falaram sobre rotina, responsabilidade e a rotina de atores mirins. Confira!
O público do D.P.A. é infantil. Existe alguma preparação ou cuidado para falar com essa faixa etária?
Pedro: A gente sempre recebe as recomendações e, como já estamos há bastante tempo no D.P.A, já temos muita ideia do que pode ou não dizer. Ficamos bem tranquilos em relação à isso, mas temos que tomar esse cuidado porque sabemos da responsabilidade e, por isso, a gente sempre pecisa ter uma instrução, mas, no final, tiramos de letra.
O uso da tecnologia e o tempo de tela, hoje, é um assunto constante nas famílias. Vocês abordam isso de uma maneira educativa?
Pedro: A gente sempre fala que é muito importante brincar ao ar livre com os amigos, a questão do toque, de falar, interagir, só que não podemos negar que a internet também tem seu papel no desenvolvimento da criança. Então, o que buscamos é mostrar para as crianças que a internet é importante desde que seja usada com segurança.
Letícia: Na série, a gente mostra muito os detetives brincando no pátio, na portaria, eles brincam de bola de gude e o mistério é a própria brincadeira de detetive. Com isso, a gente tenta ensinar as crianças a brincarem, a terem amigos, a saírem com os amigos para brincar, até mesmo no prédio, com os amigos do condomínio, não precisa nem sair de casa. Eu já brinquei muito, é muito importante brincar, constrói o caráter das crianças.
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Vocês começaram há cerca de 5 anos. Como foi a infância atuando, estudando e brincando?
Pedro: Sempre fomos muito preocupados com isso. Estudamos de manhã e gravamos de tarde por um determinado período que é previamente autorizado e discutido. E é claro que a gente sabe dividir os nossos horários, até por costume, a gente sabe o tempo exato de estudar — às vezes, até estudamos no intervalo das gravações —, até porque precisamos de notas boas para fazer o D.P.A. Até mesmo nos bastidores, muitos nos ajudam a estudar e isso é bem importante para o nosso desenvolvimento. E uma infância formada dentro de um set é algo bem diferente. É um grupo bem seleto de crianças que têm essa experiência e é algo muito bom.
Anderson: Com certeza, isso nos ajudou a amadurecer. Eu entrei com 11, o Pedro com 9, começamos no D.P.A. muito novos. Eu acho que esse processo de aprendizado que viemos tendo ao longo desse tempo — da 7ª até a 12ª temporada, que é a que estamos agora —, nos transformou em grandes homens.
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E como é o clima durante as gravações? De trabalho ou mais de brincadeira?
Letícia: É um pouco dos dois, pois o pique das gravações é meio de filme... É muito corrido, mas, ao mesmo tempo, é muito divertido, engraçado, todo mundo no set brinca, ri... Às vezes, quando tem muita pressão, todo mundo descontrai, fazemos uma coisa mais divertida, pra gente lembrar que estamos fazendo aquilo ali porque a gente gosta e que aquilo tem que ser prazero. A gente tem que se divertir enquanto trabalha. E isso é o que eu mais gosto!
Atualmente, através das redes sociais, é possível ter um contato mais próximo com o público. Vocês recebem muitas mensagens?
Anderson: Hoje, graças a Deus, podemos disfrutar de algumas redes sociais para ter contato com o público, que torna tudo muito mais fácil. As pessoas mandam mensagems e a gente consegue responder rapidamente, o que facilita esse contato sem ser pessoalmente. Geralmente, a galera é bastante calorosa nas nossas redes sociais, e é um orgulho pra gente. Estamos fazendo algo para as crianças e ver essa retribuição muito bacana!
Você pode ter acesso a série D.P.A. no Gloob ou pelo canal no Youtube.
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