A apresentadora, atriz e diretora estreante Daniele Suzuki é a típica mãe multitarefas que vive tentando equilibrar os pratos da carreira e maternidade. Inquieta, com um documentário caminhando e uma série engatilhada, ela flerta também com um novo canal na internet. Em meio às suas fotos no Instagram – boa parte delas praticando exercícios e em contato com a natureza – está o filho Kauai, 7 anos, maior amor de sua vida e “eternamente prioridade”. Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela falou sobre como aproveita os momentos ao lado do garoto, a relação deles com o pai do menino (ela é separada) e a insegurança de continuar criando o filho no Rio de Janeiro, que foi determinante para a decisão de se mudar para os Estados Unidos.
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Como você concilia carreira e maternidade?
É bem difícil. Ainda estou descobrindo isso... Há períodos em que consigo estar mais presente, em outros, não. Abro mão de muitos momentos com meus amigos para ficar com Kauai. É como um projeto de vida, que será eternamente prioridade.
E como gosta de curtir o tempo ao lado de Kauai?
Geralmente em casa, fazendo experiências e brincando. Gosto de ter momentos só nós dois, pois assim ganhamos mais cumplicidade. Mas também brinco muito com ele e algum amiguinho junto. Acho isso importante para saber como ele se comporta diante das outras crianças.
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Vocês são bem parceiros nas atividades físicas também, né? Conte pra nós como é essa relação.
A gente faz tudo junto! Cozinhamos, lemos livros, ele me ajuda a escolher a roupa para sair... fazemos esportes juntos, tomamos banho de chuva, desvendamos mistérios. É uma relação de cumplicidade e bagunça. Mas também tem a hora da ordem, da disciplina, em que me posiciono com a autoridade de mãe. Fico com o coração partido muitas vezes, mas compreendo que ele também precisa viver frustrações.
O que Kauai mais gosta de fazer quando está com você?
Ele gosta de fazer qualquer coisa que seja junto à mim. Nem que seja deitar e dormir um pouquinho. Ele é um grudinho (risos).
Quais foram os maiores desafios pelos quais você passou desde que se tornou mãe?
Conciliar horário é o mais difícil porque trabalho muito e sou mãe solteira. Trabalhar em casa é difícil porque ele não gosta de dividir atenção e, às vezes, quando sobra um tempinho, também sinto falta de sair um pouco e ver meus amigos sem me sentir culpada.
No que você está trabalhando atualmente?
Estou escrevendo uma série, prospectando um novo canal na internet e dirigindo um documentário sobre crianças refugiadas. Vamos abordar a situação pelo olhar da criança. Então, não falo sobre a razão de isso estar acontecendo, mas como as crianças estão impactadas no cenário em que se encontram.
Esse é seu primeiro documentário. Qual é o seu principal objetivo nele?
É meu primeiro documentário e quero fazer com calma e responsabilidade. Quero que depois as pessoas tenham acesso ao sentimento dessas crianças. Todo lucro desse documentário será destinado à causa das crianças refugiadas. Rodamos no Líbano, a Síria e a Turquia, mas ainda retornarei nesses países para entender mais sobre as questões que os envolvem. Vamos filmar também em outros países. Acho importante despertar a humanidade em atenção às crianças, que estão invisíveis e que logo estarão grandes e serão o futuro da nação.
E quais são os seus planos para o futuro?
Viajar com Kauai, concluir tudo o que está pendente, realizar todos os projetos da gaveta e concluir o documentário.
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Você se mudou do Rio de Janeiro para os Estados Unidos para fugir da violência?
Ainda não me mudei de vez, estou com um pé lá e outro aqui. A violência é algo que me preocupa. Uma pena ver o Rio assim e ver o país tão precário na educação. Então, penso que devo proporcionar o melhor possível para ele. Nos Estados Unidos me sinto mais segura e sei que meu filho também. Lá posso ter vidros do carro claros, andar com meu filho de bicicleta a hora que quiser. Se esqueço meu celular em algum lugar, retorno com a tranquilidade que ele estará onde deixei. Kauai tem muitas atividades educativas pra fazer por lá também... É bem diferente.
Quem te ajuda na rotina com seu filho?
Tenho a Suzete, que está comigo há mais de 15 anos. Ela é maravilhosa, trabalha com muito amor e carinho. E todos os avós do Kauai também me ajudam bastante. Mantemos a família toda conectada e se ajudando. Até quando preciso viajar para o exterior e levo Kauai, tenho minha irmã que mora nos EUA e também fica com ele para mim. Kauai sempre foi muito independente e ele curte ficar cada hora um pouco com alguém da família.
Diversos estudos falam sobre a importância de ter um pai presente. Como é a relação do Kauai com o pai?
Tenho uma relação linda com Fabinho, pai do Kauai. Combinamos que independentemente de sermos um casal, proporcionaríamos um ambiente de amor e respeito ao Kauai. E isso tem que ser construído aos poucos. Sempre que dá também fazemos passeios juntos (nós três). Achamos importante o Kauai presenciar uma boa relação entre seus pais. E ele observa muito como trato o pai dele e como ele me trata quando estamos juntos. Explico que seremos sempre uma família e que nos amaremos e cuidaremos um do outro para sempre. Assim Kauai se sente seguro, amado e feliz.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Pais-famosos/noticia/2018/10/dani-suzuki-meu-filho-observa-muito-como-trato-o-pai-dele-e-vice-versa-explico-que-seremos-sempre-uma-familia-e-que-cuidaremos-um-do-outro-para-sempre.html