Tuesday, May 19, 2020

Mãe que precisou se afastar de recém-nascida por causa da Covid-19 grava seus batimentos cardíacos para bebê ouvir

Mãe grava seus batimentos cardíacos para filha ouvir (Foto: Houston Methodist)

 

Com 35 semanas de gestação, Emelia Herrera, 30, chegou ao hospital, em Houston (EUA), com suspeita de Covid-19. Logo depois, seu teste deu positivo e ela precisou respirar por ventiladores, além de ficar inconsciente. Quando acordou, teve uma grande surpresa! A paciente foi informada que precisou fazer uma cesárea de emergência e deu à luz a uma menina saudável, não diagnosticada com o coronavírus.

Em entrevista ao Good Morning America, Emelia conta que, como estava afastada de sua filha, os musicoterapeutas do hospital tiveram uma grande ideia para conectá-la com Selina. Eles gravaram seus batimentos cardíacos e fizeram uma montagem com a famosa canção de ninar "Brilha, Brilha estrelinha". O objetivo era que o bebê ouvisse os batimentos cardíacos da mãe. 

A musicoterapeuta Virginia Gray também ajudou Emelia se sentir um pouco melhor no hospital. Quando ela estava mais recuperada, Virginia a ajudou a gravar uma mensagem para sua bebê, com músicas de fundo, cantadas por musicoterapeutas, já que a mãe ainda não conseguia cantar.

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"Eu queria que ela soubesse simbolicamente que ainda é mãe, mesmo que não possa estar com sua bebê", disse Virginia ao GMA. A especialista também ressaltou que ouvir os batimentos cardíacos da mãe traz benefícios para Selina, que não chegou a nem ser amamentada. Segundo a musicoterapeuta, entre 25 e 35 semanas, os bebês já conseguem ouvir sons baixos, como o coração materno.

Os músicos também gravaram os batimentos cardíacos de Selina para Emelia ouvir. A mãe diz que sempre ouvia o coração de sua filha. Para ela, essa era uma forma de motivá-la a lutar contra a COVID-19. Enquanto Emelia estava na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sua filha recém-nascida recebeu alta e foi ficar com a avó. Desde então, a mãe, que também tem uma filha de 3 anos, só conseguia conversar com a família por videochamada. 

Bebê nasceu após uma cesárea de emergência (Foto: Houston Methodist)

 

 

Emelia ainda tem dificuldades de andar, mas já teve alta. Ao chegar em casa, depois de mais de um mês, ela finalmente conheceu a filha. "Minha mãe a colocou nos meus braços e eu não poderia parar de chorar", disse. Após passar por esse momento extremamente difícil, Emelia alerta que as pessoas precisam levar a sério a pandemia do coronavírus. "Eu estava tomando todas as precauções e ainda assim fui infectada. Fico chateada porque muitas pessoas pensam que é uma gripe e não levam a doença a sério", disse.

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