Em audiência pública realizada nesta terça-feira (4), o Ministério da Saúde divulgou alguns dos resultados da consulta pública sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Programa Nacional de Imunização contra a covid-19. De acordo com a pasta, a maioria se manifestou contra a obrigatoriedade de prescrição médica para a vacinação das crianças. Segundo a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, 99.309 pessoas participaram da discussão entre 24 de dezembro e 02 de janeiro, período em que o formulário esteve disponível para a população opinar.
- “Não deve ser questão de opinião”, diz Associação Brasileira de Alergia e Imunologia sobre vacinação infantil contra covid-19
- Vacinação infantil contra covid-19: “Novas mortes são absolutamente evitáveis e temos obrigação de trabalhar nesse sentido”, declara Associação Médica Brasileira
- Com uma morte a cada dois dias e risco da variante ômicron, vacinação de crianças de 5 a 11 anos é urgente, defendem entidades médicas
A secretária disse, ainda, que a maioria também se posicionou a favor da não compulsoriedade da vacinação e da priorização das crianças com comorbidades. De acordo com Rosana, na próxima quarta-feira (5), o Ministério da Saúde divulgará um documento com as diretrizes que devem ser adotadas no país quanto à vacinação dos pequenos de 5 a 11 anos.
O imunizante para a população pediátrica, fabricado pela Pfizer, foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 16 de dezembro. Vale lembrar que o imunizante destinado aos pequenos possui características diferentes e vem em uma embalagem com tampa laranja.
Nesta segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as vacinas contra a covid para crianças de 5 a 11 anos chegarão ao Brasil na segunda quinzena deste mês, informou O Globo. "Na segunda quinzena de janeiro, as vacinas (para crianças) começam a chegar e serão distribuídas, como nós temos distribuído", afirmou Queiroga a jornalistas, após evento no Ministério da Saúde.
Ainda nesta segunda, o ministro afirmou que a consulta não foi um "referendo" nem um plebiscito e que o principal objetivo era informar os pais. "Nem é referendo, nem plebiscito. É uma consulta pública, seguida de uma audiência pública onde os especialistas das diversas correntes vão poder discutir para a sociedade tomar conhecimento. O objetivo disso, qual é? Oferecer aos pais as informações necessárias para que eles possam tomar as melhores decisões para os seus filhos".
Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2022/01/consulta-publica-maioria-e-contra-exigencia-de-prescricao-medica-para-vacinar-criancas-contra-covid.html