Mileide Mihaile, 32 anos, influencer, empreendedora e ex-bailarina, ficou nacionalmente conhecida após a separação traumática do ex-marido, o cantor Wesley Safadão. Os dois são pais de Yhudy, 11 anos, e hoje, dez anos depois do divórcio, ela garante que a relação é de diálogo: "Respeitamos os limites um do outro".
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Em entrevista à CRESCER, Mileide falou sobre os desafios de ser mãe solo — "A responsabilidade e a cobrança são elevadas à décima potência quando se é mãe solo" —, e o tempo que ficou longe do filho, enquanto participava do reality show A Fazenda 13, da Record. "Nunca, em toda minha vida, fiquei tanto tempo longe do meu filho. A pior parte foi não ter nenhuma notícia dele", desabafou.
CRESCER: Você acabou de participar de um reality. Como foi ficar tanto tempo longe do seu filho?
Mileide Mihaile: Um grande desafio, pra não dizer asfixiante. Nunca, em toda minha vida, fiquei tanto tempo longe do meu filho. Na verdade, eu sempre me desdobrava em mil para exercer o meu trabalho e me manter presente em sua vida, seja trabalhando de madrugada ou fazendo mil e uma coisas enquanto ele estivesse na escola. A pior parte foi não ter nenhuma notícia dele.
CRESCER: O que tem feito desde que saiu?
MM: Eu moro em Fortaleza, mas quando saí fui bombardeada com a notícia de que a minha mãe passava por um tratamento de câncer no colo do útero, em São Paulo. Então, precisei ficar na cidade e me dedicar integralmente ao cuidado e atenção da minha mãe. Depois de uma semana, o meu filho veio me visitar e ficou comigo durante todo fim de ano. Então, esse finalzinho de 2021 foi muito familiar. Mas agora, em 2022, minha mãe, graças a Deus, recebeu alta do tratamento e podemos voltar todos juntos para nossa casa no Ceará e retomar as atividades. Colocar o pé no acelerador nos trabalhos e oportunidades.
CRESCER: Como foi quando recebeu a notícia da alta da sua mãe, Doralice?
MM: Fiquei em êxtase. Em nenhum momento, eu duvidei da força da minha mãe, a mulher mais guerreira que conheço. Os médicos estão extremamente felizes e surpresos com a resposta dela. Ela não ficou debilitada nem sofreu com os efeitos colaterais, nada disso. Voltamos para nossa casa, em Fortaleza, com todos os exames limpos e a alma lavada.
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CRESCER: O fim do seu casamento virou polêmica no país. Como foi ver sua vida pessoal exposta?
MM: Acredito que foi naquele momento que senti o peso de ser uma pessoa pública. Todos nós passamos por provações, resolvemos da melhor forma possível e seguimos adiante. Mas ver toda minha intimidade sendo exposta, julgada e enrolada em volta de fofocas e mentiras foi bem complicado. Eu dou muito valor a privacidade da minha família, pois envolvia uma criança, o meu filho. Hoje, eu posso dizer que superei essa fase, e todos os problemas foram resolvidos.
CRESCER: Como você lida com o modelo de criação em guarda-compartilhada?
MM: O Yhudy fica 15 dias comigo e outros 15 dias com o pai. Eu acho que lidamos do jeito que tem que ser: com muito diálogo e respeitando os limites um do outro. Não importa o modelo que uma família se encontra, os pais precisam ter a felicidade e bem-estar do filho como prioridade, e é isso que sempre foi feito. Quando isso se alinha, tudo flui naturalmente e a convivência se torna saudável para a criança.
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CRESCER: Para você, quais são os principais desafios de ser mãe solo?
MM: Eu me vejo constantemente dividida em mil partes. Eu preciso estar atenta a todos os detalhes da minha vida e da vida do meu filho. Nossa responsabilidade e cobrança é elevada à décima potência quando se é mãe solo. Não podemos nos dar o luxo de escorregar, mesmo sendo impossível acertar sempre. É uma tarefa muito exaustiva, mas vale muito a pena quando vejo meu filho sorrindo. A casca é dura e aguenta o tranco.
CRESCER: Yhudy está com 11 anos. Ele faz questionamentos sobre sua vida pessoal?
MM: Isso mesmo, 11 anos. Ele é um menino de ouro, meu maior presente nessa vida. Me sinto muito orgulhosa dele por ser um menino tão gentil, carinhoso, inteligente, bem-humorado e amoroso. Eu sei que sou suspeita de falar, mas acho que ele é o melhor filho que eu poderia ter, abençoado da cabeça aos pés. Ele nunca fez questionamentos, pois tudo sempre foi muito conversado e explicado. Ele entende a nossa realidade e é isso que importa.
CRESCER: Você está solteira?
MM: Sim, estou solteira. Terminei recentemente um relacionamento por conta dessa dedicação full time que a minha família precisava, além do trabalho. Mas, no momento, não estou procurando e nem pensando em cair de cabeça numa relação. Pois sou muito intensa, se eu me entrego, entrego 100%.
CRESCER: Quais são os planos para 2022?
MM: Sou uma mulher que passou por milhares de desafios em toda minha vida. Como mulher, nordestina e mãe, estou empenhada em repassar tudo que aprendi. Quero incentivar outras mulheres a também prosperarem. O mundo digital e o empreendedorismo estão aí, abertos e ansiosos por novas oportunidades. O meu projeto maior é o Bazar Mulher, um evento filantrópico com o objetivo de arrecadar fundos para instituições de caridade. Mas em 2022, quero expandir o Bazar e propagar ao máximo essa mensagem. Estou com planos para transformá-lo em uma ferramenta de mudanças sociais efetivas. Estou muito animada.
from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento/noticia/2022/01/asfixiante-diz-mileide-mihaile-sobre-experiencia-de-ficar-longe-do-filho.html