Os alunos da Oasis Academy, em Surrey, no Reino Unido, estão sendo instruídos a fazer seus próprios testes de covid. Eles recebem os kits e instruções, enquanto enfermeiras só observam de longe. Os testes, que dão resultados em até 15 minutos, usam cotonetes no nariz ou na garganta.
A ideia é que menos especialistas médicos ou voluntários sejam necessários, permitindo que um número maior de pessoas faça o teste mais rapidamente. Mas vários estudos mostram que os testes de swab - quando autoadministrados - podem comprometer o resultado, devido à força e profundidade necessárias para coletar uma amostra.
As amostras depois de colhidas são misturadas em um reagente e colocadas em um cassete de plástico que pode detectar a presença ou ausência de coronavírus e, então, produzir a imagem de uma linha, da mesma forma que um teste de gravidez, para indicar se é positivo ou negativo. Os especialistas recomendam que uma enfermeira ou profissional treinado faça a inserção do cotonete para chegar ao local necessário, que pode ser extremamente desconfortável.
Especialistas em doenças infecciosas dizem que permitir que as próprias pessoas façam os swabs - notoriamente difícil até mesmo para médicos treinados - aumenta a probabilidade de falsos negativos. Falsos negativos significam que as pessoas infectadas com o vírus são erroneamente informadas de que estão com boa saúde.
Jonhatan Ball, professor de virologia molecular da Universidade de Nottingham, disse que: "mesmo que o autoteste de swab não detecte tantos indivíduos infectados como o teste de PCR, ele identificará aqueles com as cargas virais mais altas, e são essas pessoas que têm maior probabilidade de infectar outras. "Não substituirá outros testes como o PCR, mas é uma ferramenta adicional útil para o controle do coronavírus", defende.
John Murphy, CEO da Oasis Trust, disse na última segunda-feira antes do fechamento e do fechamento geral das escola que: "O que sabemos com certeza é que nossos jovens progridem melhor com ensino de qualidade, com seus professores, na sala de aula com seus amigos. "Temos a garantia de que os testes em massa nas escolas fornecerão confiança adicional aos nossos filhos, pais, professores e funcionários, e tem o potencial de reduzir significativamente a interrupção do aprendizado, juntamente com nossos controles de covid existentes. Em janeiro testaremos em várias de nossas escolas antes de implementá-lo em todas as nossas academias de ensino médio em todo o país", defendeu.
No Reino Unido, apenas crianças vulneráveis ou cujos pais são trabalhadores-chave têm permissão para assistir às aulas pessoalmente, depois que um último bloqueio nacional foi implementado. Os números sugerem que as escolas ainda podem ser frequentadas por até 20% dos alunos. Mas, em algumas regiões, o número de crianças na escola estão crescendo, com os níveis de frequência subindo para mais de 50%.
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