"Deixa a vida me levar, vida leva eu.” Esse nunca foi exatamente o tipo de frase que regeu
a minha vida.
Desde os meus 11 anos, tenho um encontro familiar chamado “Transformando sonhos em realidade”, em que meu pai reúne as três filhas e minha mãe para traçarmos nossas metas de vida e do ano. São 20 anos entendendo a diferença que isso faz na minha jornada. Sempre tive um planejamento para os meus passos profissionais, que é até algo mais comum, mas, além disso, sempre tive um planejamento para as minhas relações amorosas...
Oi? Está me achando maluca? Eu considero maluca quem se apaixona por pessoas que têm valores sabidamente diferentes dos dela, que aceita estar com alguém que não a valorize e todas as histórias que vemos por aí. Desde os 15 anos tenho escrito o que é importante para mim em uma relação e isso evitou que eu entrasse em várias roubadas. Mas, e aí? E a maternidade?
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Para mim, é a mesma coisa. Acho lindo falarmos sobre o instinto materno, mas, se eu for uma mãe regida somente pelo meu..., coitado do meu filho! Por mim, não sai de casa. E olha, em casa, ficaria enrolado em um plástico bolha para não ter perigo de se machucar. Então, conto com a minha razão e minhas leituras (a CRESCER!) para eu ter essa maternidade estratégica.
Esses dias, postei que estava pensando em uma tática para o desfralde do Rocco, e recebi muitas críticas. Sim, sabemos que é um processo natural da criança, e que forçar pode gerar muitos traumas. Mas isso quer dizer que não devemos ter um plano? Um caminho para nos orientar? Eu realmente não concordo.
Percebi que a palavra estratégia é vista como algo ruim. De fato, a origem da palavra é militar. Mas, há muito tempo, é usada por empresas e pessoas que analisam onde estão e aonde pretendem chegar.
No caso de uma criança, acho que devemos ser extremamente estratégicos. São vários acordos. Diversas reuniões, conversas, feedbacks. Não sou muito da linha “deixa a criança descobrir sozinha”. Respeito quem seja. Sou da linha “aqui está toda a informação que eu posso te dar – além disso, ainda existe muito lá fora. Mas aqui está o que eu, como mãe, tenho de recursos. A partir disso, sim, tome suas decisões”.
Não é uma questão narcisista, mas tenho um sonho como mãe: que meu filho seja a melhor versão do que ele queira ser! Que seja livre e feliz! Tenho responsabilidade em orientá-lo e quero que, nesse caminho, ele seja sempre solidário, generoso e amoroso. Isso também requer estratégia: a do exemplo. E se você é pai ou mãe, sabe como isso nos transforma.
Sobre a questão do desfralde, é claro, vai ser no tempo dele, mas minha saída estratégica é mostrar livros, músicas, amigos que o inspirem e deem a ele coragem para essa próxima etapa. Isso exige dedicação e estudo, como sempre fiz. Sempre farei. Sou uma mãe estrategista.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Rafa-Brites-Mae-na-real/noticia/2019/12/rafa-brites-sempre-tive-um-planejamento-para-minhas-relacoes-amorosas.html