Risco: acidentes na cozinha (cortes e queimaduras)
Aqui, é importante lembrar que, na cozinha, seu filho precisa estar sempre com você – sobretudo nas horas em que quer participar, ajudando. Até porque estimular a autonomia da criança – e quando ela sente que está fazendo a comida se acha especial – é ótimo para a autoestima. Além disso, o contato com o preparo de uma receita incentiva a alimentação saudável, porque o pequeno visualiza que o alimento não “nasce pronto”. Então, mais uma vez, o acesso à cozinha deve ser supervisionado o tempo todo. É bom saber que, nessa idade, o pequeno também começa a entender melhor sobre os perigos, então vale conversar e orientar.
Como prevenir:
Se você precisa preparar o almoço na correria, é melhor deixar a criança em outro ambiente. Caso você tenha tempo para que ela ajude, ofereça utensílios plásticos e nunca de corte. Converse sobre não ficar perto quando estiver usando o fogão e, ainda assim, procure não utilizar as bocas da frente e deixe os cabos das panelas virados para dentro. Guarde objetos de corte, vidro e cerâmica na parte mais alta dos armários e evite usar toalha comprida na mesa, pois a criança pode puxar para se equilibrar e derrubar coisas em cima dela.
Na hora de incentivar a autonomia, lembre-se de ir aos poucos. Se o seu filho nunca cortou a própria comida, você não diz “chegou o dia!” e o deixa assumir isso sozinho. Faça junto até que ele se sinta seguro.
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Risco: acidentes com móveis
Armários, mesas, sofás... também costumam causar lesões em crianças dessa faixa etária. Seja porque elas já são um pouco mais aventureiras, seja em função de peças ou partes soltas. A advogada Letícia Guimarães, 40, viu o filho Rafael, 7, quebrar o braço bem na sua frente e nem deu tempo de intervir. Aos 5, ele tinha uma poltrona pequena e costumava brincar de ficar em pé em cima dela. “Mas, naquele dia, o móvel tombou e ele foi ao chão. Para proteger o rosto, pôs o braço na frente e quebrou. Eu e meu marido estávamos ao lado e vimos tudo acontecer.”
Já com a revisora Ana Luísa Pereira, 37, o susto foi um pouco maior. Mãe de Francisco, 6, há cerca de um ano ela viu um armário inteiro virar em cima do filho. “Ele foi pegar algo no móvel que usamos como despensa. De repente, ouvimos um barulho forte e vimos o armário no chão e ele chorando. Levantamos o móvel e já vimos um roxo enorme no olho e um galo na cabeça”, lembra. Ana e o marido ligaram para o pediatra e levaram Francisco ao hospital. Mas os hematomas foram a única consequência.
Como prevenir:
No caso de móveis soltos que não são estáveis, o melhor é fixá-los na parede. Procure também colocar travas nas gavetas de cômodas e armários para que o pequeno não os transforme em escada para escalar. As quedas ao pular do sofá ou subir na poltrona são normais, mas não custa proteger as quinas de móveis próximos e tirar objetos de vidro ou cerâmica de perto.
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from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Seguranca/noticia/2019/12/os-acidentes-mais-comuns-com-criancas-de-3-5-anos.html