Friday, October 11, 2019

“As coisas erradas de que a gente ria no passado, as crianças dessa geração nem entendem que é piada”, diz Porchat

Fábio Porchat durante a entrevista sobre Frozen 2 (Foto: Divulgação)

 

“Eu sou Olaf e gosto de abraços quentinhos”. Se você já assistiu Frozen, o sucesso da Disney que dominou as bilheterias em 2013, provavelmente leu a primeira frase na voz de Fábio Porchat, humorista que dubla o boneco de neve mais querido do cinema. Em entrevista à Crescer, o ator revelou os desafios de dublar um musical, refletiu sobre seu “lado criança” e deu detalhes de Frozen 2, filme que estreia 2 de janeiro nas telonas. Confira:

O que você pode contar do Olaf nesse novo filme?

O Olaf está querendo entender as coisas, o que está acontecendo a volta dele, porque ele é muito ingênuo, é um criança, então ele acredita que só vai entender melhor o mundo ao redor quando ele crescer amadurecer. E isso é um tema importante pra ele no filme.

O Olaf tem uma música solo em Frozen 2 justamente sobre amadurecimento. Como você encara o desafio de cantar?

É desesperador porque eu não sei cantar. Ai meu Deus! Mas no primeiro filme cantei a música do Olaf e deu certo. As pessoas me perguntaram se era eu mesmo cantando... Sim, era! Mas tem algumas técnicas porque você não canta a música inteira, canta frase a frase. E repete quando não fica bom. Só no final junta tudo e descobre que é uma música. Tanto é que a música é gravada em um dia e os diálogos no outro. São diretores diferentes com outras técnicas e percepções. Mas é muito gostoso. A música do Olaf desse filme tá muito legal. Ouso dizer até que é mais legal do que a do primeiro, mas não sei, estou na dúvida porque gosto da outra também.

Como é sua relação com o material original de dublagem Josh Gad?

Eu adoro o Josh Gad, desde que vi Book of Mormon com ele. Fiquei muito feliz quando vi que era ele quem fazia o Olaf no original. Ele tem muito recurso vocal, ele muda a voz, canta, varia entre o agudo e o grave o tempo todo. Mas ele é comediante, acho que acima de tudo ele tem o tempo de comédia muito forte, então foi nisso que me agarrei. Foco em fazer do Olaf o que ele é, o alívio cômico do filme. Tem uma história acontecendo, batalhas, elas descobrindo coisas do passado e tem um boneco de neve perdidão. Isso que é legal.

Fábio Porchat abraçando uma estátua de seu personagem Olaf (Foto: Instagram)

 

Por que você acha que o primeiro Frozen fez tanto sucesso?

Eu acho que é um filme moderno, atual. É um filme que tem um frescor real. Um filme que o príncipe não salva a princesa no final, o objetivo das meninas não é casar e viver feliz pra sempre. Elas são felizes do jeito delas, como são, querem ter uma relação de família. Então acho que bateu no momento certo. A Disney foi muito perspicaz em sacar que os tempos são outros, a gente está vivendo uma nova dimensão de tudo e Frozen é um pouco esse reflexo. E as crianças sacaram isso. Essa geração que está vindo, você acha que eles não entendem, mas eles já entendem tudo. Já sabe o que pode e não pode. Por exemplo, as coisas erradas de que a gente ria no passado, essas crianças nem entendem mais que isso é piada. Então é muito legal você ver uma evolução. Não adianta querer fazer pra essas crianças um filme que não fale da realidade delas, que é esse momento de “a gente pode ser o que a gente quiser”, “a gente pode ser feliz do nosso jeito”, e você não precisa se casar pra ser feliz, precisa só ser feliz e tomara que você encontre alguém nessa jornada como Anna e Elsa se encontram e encontram o Olaf, o Sven e o Kristoff. Quando a gente se ama de verdade em vários níveis é muito mais legal do que ficar em busca de um ideal inatingível. Parece maluco uma criança pensar nisso, mas ela já sabe disso.

Existem vídeos na internet de meninos que se fantasiam como Elsa ou Anna e alguns comentários maldosos quanto a eles. O que você diria para os pais desses meninos?

Deixem os meninos serem quem quiserem. Todo mundo tem que ser feliz. Acho que as crianças são como o Olaf, não tem maldade, querem se divertir. Eles querem rir, seja da Elsa, do Sven ou do Olaf. Querem curtir, fazer magia, pegar o boneco de neve... O legal é as coisas boas que os personagens tem. Acho que o dia que a criança quiser se fantasiar de malvado, de alguém que faça maldades gratuitas, acho que aí temos um problema. Se for de pessoas que são boas, está ótimo!

Como é sua relação com as crianças?

As crianças me adoram e digo isso porque os bichos me odeiam. Então criei esse amor por criança. Eu vejo a criança e fico genuinamente feliz. A indiferença que o cachorro e o gato tem quando me olham é inversamente proporcional à reação da criança. Às vezes eu estou no avião e os bebês olham pra mim sorrindo do outro lado e vem na minha direção. Gosto de crianças, não tenho filhos, mas tenho um afilhado de 2 anos e meio que vai fazer 3 quando estrear o Frozen 2. Estaremos no cinema juntos, inclusive! Sou muito apegado, gosto de ficar junto. E sou meio criança também, brinco, caio no chão, rolo, faço guerra de bolinha, durmo na cabaninha. Eu sou um pouco essa pessoa, então me identifico com as crianças.

O que você pode antecipar de Frozen 2?

Está imperdível. Tem que levar seu filho por que senão ele vai ser o único que não assistiu (risos).  De verdade, o filme está muito gostoso de assistir, é muito divertido, ele tem aventura, tem relação de afeto entre todos os personagens, é engraçado, prende a atenção, tem muita coisa acontecendo. Tem gigante, tem magia, tem neve, tem feitiço, tem um boneco de neve maneiro... De um modo geral, o filme é bem completo, atende a todas as idades, e os pais vão se divertir também!

Assista à entrevista (se não conseguir visualizar, clique aqui):



from Crescer https://revistacrescer.globo.com/Diversao/Filmes-e-TV/noticia/2019/10/coisas-erradas-de-que-gente-ria-no-passado-criancas-dessa-geracao-nem-entendem-que-e-piada-diz-porchat.html

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