Wednesday, July 24, 2019

Fotógrafa brasileira reúne fotos poéticas de partos em novo livro

Livro traz cerca de 50 fotos de partos (Foto: Lela Beltrão/ Divulgação)

 

A chegada de um bebê ao mundo é inesquecível, mas, às vezes, a mãe está tão entregue ao momento, que não faz ideia da força de seu protagonismo. Por isso, um registro a ajuda a enxergar tudo por outros ângulos depois. Esse é o trabalho de Lela Beltrão, um dos nomes mais importantes no Brasil, quando se fala em fotografia de parto. Ela reuniu alguns de seus cliques mais sensíveis para criar o livro Nascer, que está em campanha de financiamento coletivo e tem previsão de lançamento para setembro, pela Editora Timo. 

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Estar presente em uma situação tão íntima e tão delicada e sensível a qualquer estímulo externo requer alguns cuidados. Como não perder as fotos importantes, sem atrapalhar ou invadir demais o espaço da família? "Chego no parto quando a mulher já está na fase ativa porque, se eu chegar antes, posso causar uma expectativa que atrapalha", conta Lela, em entrevista a CRESCER. "Minha câmera tem um silenciador, mas, de qualquer forma, faz algum barulho, então, tenho que ficar atenta com isso", diz. "Evito muito que a mulher me veja com a cãmera na mão a fotografando. Em primeiro lugar está a mulher, em segundo, a fotografia. Isso me ajuda a estar na hora certa, no lugar certo e deixar a imagem acontecer", explica ela, que é mãe de Helena, 6 anos, e Caetano, 1. 

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"Nascer" deve ser lançado em setembro (Foto: Lela Beltrão/ Divulgação)

 

A maternidade, aliás, foi o impulso que levou Lela a se especializar em fotografias de partos. "Depois que a minha filha nasceu, eu sentia falta de estar nesse ambiente de parto e eu não pretendia ter outro filho, pelo menos não naquela época, e aí me deu essa vontade de estar nos partos fotografando", lembra. 

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Lela e os filhos, Helena, 6, e Caetano, 1 (Foto: Divulgação/ Lela Beltrão)

 

Para a profissional, que também é ativista por partos com mais respeito e empatia, a fotografia é um agente transformador. "As imagens de parto são fortes, é difícil alguém passar impune por elas. Uma mulher, quando vê outra parindo, se identifica. De alguma forma, ela se identifica. . Acredito que a fotografia de parto pode ser o 'start' para muitos processos de transformação e autoconhecimento. Nesse livro, busco trazer a sensação de normalidade e naturalidade, no sentido fisiológico, para o parto, ampliando e despolarizando o pensar sobre o nascer. Acredito que ele tenha uma função social muito importante", conclui.

Lela luta por partos com respeito e empatia, em que a mulher seja protagonista e tenha poder de escolha (Foto: Lela Beltrão/ Divulgação)

 

As fotos despertam sensações e podem ser agentes de transformação (Foto: Lela Beltrão/ Divulgação)

 

 



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