Depois de 12 anos sem nenhum nascimento, a ilha de Fernando de Noronha, no nordeste brasileiro, ganhou uma pequena nativa. A mãe, uma mulher de 22 anos, não sabia que estava grávida. De acordo com o site G1, ela não quis se identificar, mas contou que não teve nenhum sintoma durante toda a gestação. "Na noite de sexta-feira tive uma cólica e, quando fui ao banheiro, vi um negócio descendo entre as minhas pernas. Foi na hora em que o pai da criança chegou e pegou. Era um bebê, uma menina. Fiquei paralizada. Eu não sabia que estava grávida", disse. O pai da bebê, um frentista, levou a criança ao hospital à pé, porque a família não possui carro.
Os partos não são permitidos na ilha porque, segundo a Secretaria de Saúde, o local não conta com estrutura hospitalar suficiente. A única maternidade que havia no arquipélago foi desativada há mais de uma década por conta dos custos muito altos. Quando uma moradora da ilha engravida, o pré-natal é realizado por lá, mas, nas últimas semanas de gestação, ela deve ir para Recife, no continente, para o nascimento. O voo, que dura 1h20, é pago pelo governo.
A Administração de Fernando de Noronha, divulgou uma nota oficial sobre o assunto:
"Neste sábado (19), a unidade hospitalar de Fernando de Noronha realizou atendimento a uma criança recém-nascida, trazida pelo seu pai, e sua genitora. A mãe, que deseja não ser identificada, entrou em trabalho de parto em sua residência, e após o genitor auxiliar no procedimento, o mesmo encaminhou a criança para a unidade hospitalar. A família informa não saber da existência da gravidez, assim como inexiste atendimento de pré-natal ou qualquer outra assistência semelhante nos registros das unidades de saúde em nome da família.
A Superintendência de Saúde ressalta a importância de se fazer o pré-natal, para monitoramento e controle de índices glicêmicos, hipertensão, diabetes, anemia, doenças transmissíveis e etc, incluindo exames de imagem, como USG, que avalia as condições físicas da criança no útero. Todos os cuidados do pré-natal visam identificar qualquer complicação com antecedência, podendo assim serem tomadas medidas emergenciais para garantia da saúde, tanto da mãe como do bebê”.
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