Tuesday, May 29, 2018

Para se tornar mãe essa mulher se submeteu a 20 fertilizações in vitro, doação de óvulos e embriões

Robert e Di Yendall com a pequena Jasmine nos braços (Foto: Reprodução Facebook)

 

Qual o preço que você estaria disposta a pagar para ter um filho? A australiana Di Yendall e seu esposo Robert vivenciaram uma verdadeira batalha para conseguir realizar o sonho de formar uma família. Eles se conheceram ainda no jardim da infância, mas foi somente quando completaram 27 anos que decidiram se casar, em 2006. Sete anos se passaram desde a primeira tentativa de ter um filho até que pudessem carregar a pequena Jasmine nos braços.
Alguns meses após o casamento Di chegou a engravidar, porém descobriu no ultrassom que o feto não tinha batimentos cardíacos. “O obstetra foi procurar o bebê e fez uma pausa. Depois me disse para que não tivesse vergonha de chorar”, contou em entrevista ao site Kidspot. Tanto ela quanto o marido, Robert, saíram da sala devastados com a notícia. O feto havia parado de se desenvolver na décima semana. Na época a mulher estava com 35 anos e ouviu do médico que se desejasse engravidar novamente teria que lutar contra o relógio biológico. O especialista os orientou a procurar por tratamentos para estimular a fertilidade. Eles seguiram o conselho médico com esperanças que da segunda vez tudo seria diferente.

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Tentativas frustradas
Di tomou o medicamento para estimular a ovulação, porém não teve sucesso. O casal passou por todos os testes para saber qual era a origem do problema de infertilidade, no entanto nada foi diagnosticado. Foi quando decidiram partir para a fertilização in vitro. Mal sabiam eles que ali começava uma difícil jornada de cinco anos até que pudessem, finalmente, serem pais. Nesse meio tempo, Di foi submetida a 20 ciclos de FIV, porém poucos embriões vingavam após a transferência. "Quando estávamos na 13ª vez o exame de sangue mostrou HCG suficiente para obter um resultado positivo, mas poucos dias depois não havia nada lá”, contou. A partir da próxima tentativa, o casal foi orientado a considerar a doação de óvulos como uma possibilidade. Porém, infelizmente, a lista de espera era de mais de oito anos na época. Então eles resolveram colocara seus nomes na lista de espera de doação de embriões, que era de “apenas” dois anos.

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Os anos de espera e dor valeram a pena para Di Yendall (Foto: Reprodução Facebook)

 

Ajuda de estranhos
Di conta que o casal tinha consciência do grau de dificuldade para ter um bebê. “Decidimos espalhar a nossa história na tentativa de achar alguém que pudesse nos ajudar. Entramos em contato com o jornal local e eles publicaram uma matéria sobre a falta de doadores de óvulos”, disse.
A estratégia deu certo e o improvável aconteceu: uma estranha entrou em contato com eles e se ofereceu a ser doadora de óvulo. Entusiasmados com a notícia o casal passou a contar com essa voluntária e seu parceiro na empreitada por uma gravidez que vingasse. "Ficamos grávidas na primeira tentativa, mas perdemos o bebê com oito semanas", disse Di.
A notícia abalou muito o casal, afinal, todas as tentativas, com métodos diferentes, estavam indo por água abaixo. A doadora voluntária e seu esposo também ficaram tristes porque nunca tinham tido problemas para engravidar antes. Após seis meses o casal repetiu a implantação de um novo óvulo doado pela mesma pessoa, mas o resultado foi igual. "Estávamos quase acostumados a isso, mas aquele casal não. Eles estavam empenhados em nos ajudar e passei a me sentir culpada por envolve-los neste problema. Eu gostaria que ninguém tivesse que passar por esse tipo de dor”, confessou Di.


Ligação inesperada
Já decididos a encerrar as tentativas o casal Di e Ronbert recebeu uma ligação inesperada: havia chegado a vez deles na lista de espera para receberem os embriões doados. "Era de um doador anônimo e eles não queriam nos conhecer. Eles tinham passado por uma FIV anos atrás, conquistaram a família e tiveram três embriões, que doaram para que outra família pudesse realizar o sonho de ter filhos”, disse Di.
Surpreendentemente o embrião foi transferido e Di engravidou na primeira tentativa. Apesar do medo que a gestação fosse interrompida a qualquer instante, o casal seguia confiante e a gravidez deu certo: Jasmine nasceu de 33 semanas, pesando quase cinco quilos!
A pequena Jasmine atualmente está com cinco anos e é definida por seus pais como uma luz em suas vidas. Eles contatam que ela ainda não sabe sobre a sua história, mas estão lendo sobre o assunto e querem explicar à ela a sua origem em breve. “Queremos ser completamente honestos com ela e que ela tenha todas as informações possíveis sobre seus pais biológicos, se assim quiser. Espero conhecer os pais biológicos de Jasmine um dia porque não há palavras para descrever o que eles fizeram por nós e serei eternamente grato pelo que fizeram”, completou a mãe.



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