O aleitamento materno é um dos momentos mais importantes da maternidade. O leite produzido pela mãe protege a imunidade do bebê, evita a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, além de ajudar a estabelecer um vínculo entre ela e a criança. No entanto, para muitas mulheres, especialmente as mamães de primeira viagem, a amamentação nem sempre sai como o imaginado.
“A grande dificuldade é a mãe conseguir se dedicar, estar tranquila, acertar na pega do bebê. No início é complicado, porque a ansiedade dela pode levar a machucados, fissuras e ao surgimento de dores na hora em que o bebê suga o leite”, explica a pediatra Adriana Porta, integrante da rede do plano de saúde premium Amil One.
Mãe de Olívia, de 3 anos, e de Felipe, de 1 ano e 9 meses, a fisioterapeuta Ana Conceição Gonçalves, de 38 anos, teve sangramentos e ficou com o seio ferido durante a amamentação da filha. A razão do problema, segundo ela, foi a demora para conseguir moldar o bico para que a bebê pudesse sugar o leite.
“O que mais me ajudou foi o sol. Pegar sol nos mamilos ajuda a cicatrização. Sempre que eu podia, ficava um tempo exposta a ele. Então, consegui amamentar a Olívia até 1 ano e 2 meses, quando eu já estava no sétimo mês de gravidez do Felipe”, lembra a fisioterapeuta, que é cliente do plano de saúde premium Amil One.
Ana amamentou os dois sob livre demanda. Enquanto Olívia ainda mamava, ela tentou extrair o leite com uma bombinha para deixar em casa e poder voltar ao trabalho. A ideia não deu certo.
“Não sei se era uma questão minha, mas eu não conseguia tirar o leite. Leva um tempo para extrair a quantidade de uma mamada e eu não tinha essa disponibilidade. Por isso, armei um esquema na casa dos meus pais. Ia para lá, amamentava e voltava para o consultório”, explica.
Com Felipe, o cenário foi outro. A fisioterapeuta tinha mais leite e conseguiu lidar bem com a bombinha. O garoto mamou normalmente até a mesma idade da irmã. Para ela, a amamentação deve ser incentivada, mas é preciso levar informação para as mulheres. Essa é a única maneira de evitar que as mães não se culpem por não conseguir amamentar como gostariam, uma vez que há outras maneiras de criar vínculos com os filhos ao longo da vida.
“Conhecimento sobre o assunto é o que faz com que as mulheres se sintam menos culpadas pela amamentação não estar sendo da forma como deveria. A amamentação é linda, mas é dolorosa e cansativa. E isso precisa ser dito”, alerta.
Segundo Adriana Porta, para ter um período de amamentação bem-sucedido, é fundamental que a mulher não se sobrecarregue e aceite o apoio do pai da criança, dos avós e de profissionais para poder descansar e alimentar-se bem. Além dessa, a pediatra listou outras dicas para as mamães de primeira viagem:
- Tenha paciência para superar os obstáculos da amamentação, pois o aleitamento fica prazeroso depois que tudo se normaliza;
- Passar o leite materno no bico do seio e tomar sol (com moderação) ajudam a cicatrizar as feridas;
- É importante que o bebê mame sob livre demanda. Quando a criança ainda é muito pequena, apenas tenha cuidado para que o intervalo entre as mamadas não passe de 3 ou 4 horas;
- O leite materno é divido em duas partes. A anterior, composta por água e sais minerais, e a posterior, que tem gordura, dá saciedade e faz o bebê ganhar peso. A criança tem que mamar até que o seio fique esvaziado, para que ela tome as duas partes na mesma mamada.
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