As pequenas Olivia e Zoe são o que os médicos chamam de gêmeos monoamnióticos monocoriônicos, isto é, compartilharam o mesmo saco amniótico. Esse tipo de gestação gemelar apresenta um dos maiores riscos de complicações. Por isso, não foi nada fácil. Durante a gravidez, a cada quinze dias, a mãe, Ann, fazia uma ultrassonografia para garantir que as meninas estivessem se desenvolvendo adequadamente. No entanto, em janeiro deste ano, com apenas 28 semanas de gestação, os médicos desconfiaram que uma delas estaria em perigo e resolveram fazer uma cesárea de emergência. "Fiquei arrasada porque sabia que seriam prematuras, mas não tanto assim", disse Ann.
A mãe conta que o parto foi tenso, pois Zoe não estava respondendo. “Ela não chorou nem se mexeu, o que nos deixou realmente preocupados. Ambas foram rapidamente levadas para avaliação", lembra. As irmãs foram separadas para evitar a sufocação acidental de um gêmeo para outro. "Mas a principal razão que demorou tanto para elas se encontrarem foi por que ambas estavam em suportes respiratórios que tinham tubos curtos. E assim que o apoio respiratório de Zoe foi rebaixado, as enfermeiras puderam reorganizar a configuração do quarto para poder trazê-la para a irmã", diz.
O reencontro
O momento tão esperado pela família aconteceu há cerca de duas semanas. “Nós esperamos tanto para as meninas se conhecerem, então, quando o dia finalmente chegou nós não podíamos acreditar. Esperamos exatamente 27 dias pelo nosso primeiro abraço gêmeo e foi muito mais do que poderíamos esperar. Olivia foi colocada em mim primeiro, depois, quando chegou a vez de Zoe, ela estendeu o braço esquerdo e abraçou a irmã. Minhas lágrimas estavam caindo. É um momento que nunca vou esquecer", disse a mãe, emocionada, ao Daily Mail. Ela compartilhou a imagem do abraço nas redes sociais.
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"Tem sido emocionalmente desgastante para o meu marido e eu, mas agora que elas passaram a marca de um mês, suas chances de sobrevivência são superiores a 95%", comemora a mãe. Zoe e Olivia continuam na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no Royal Women's Hospital. A expectativa é de que elas possam voltar pra casa em abril.
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