Até a 37ª semana, a gravidez de Natasha Sharrocks, 31, havia sido aparentemente perfeita. Tudo ia bem até que a britânica notou que o bebê não estava mais se mexendo em seu ventre. Ao suspeitar que algo pudesse estar errado, ela confiou em seu instinto e correu ao hospital. Chegando lá, os médicos descobriram que a vida da pequena Harper estava, literalmente, por um fio: com o cordão umbilical estava com um nó e, por isso, a oxigenação já estava comprometida.
"Eles descobriram durante a cesariana que Harper havia dado um 'nó verdadeiro' em seu cordão, em algum momento ao longo do terceiro trimestre", lembrou Natasha, em declaração ao site do tablóide britânico Mirror. Segundo os médicos, se os pais tivessem chegado ao pronto-socorro cerca de 30 minutos depois, o bebê não sobreviveria. "Sempre imagino o que teria acontecido se não tivéssemos ido", completou a mãe.
Harper nasceu por meio de uma cesárea de emergência em 1 de setembro de 2016, pesando cerca de 2 kg, apenas um dia depois de sua mãe dar entrada no hospital. "Depois, o médico nos disse: 'Eu só quero dizer 'obrigado' porque você a salvou'", contou Natasha.
Uma semana antes, ao notarem que Harper já não estava se mexendo como o normal, os pais foram até o hospital universitário de Norwich, no leste da Inglaterra, onde moram. Lá, eles foram orientados a não entrar em pânico e foram mandados de volta para casa. Ainda preocupados, pouco tempo depois, eles retornaram ao hospital para garantir que o diagnóstico estava certo. Foi essa decisão que salvou a vida da bebê.
Com apenas alguns minutos de vida, Harper foi levada às pressas para a UTI neonatal, onde foi diagnosticada com hipoglicemia grave, hiperinsulinismo e paralisia cerebral. Depois de passar por uma série de procedimentos como transfusões e exames de sangue, uma ressonância magnética apontou vários cistos em seu cérebro.
Natasha, que trabalha como secretária no hospital, disse que os cistos fizeram com que parte do cérebro da filha não se formasse e ela desenvolvesse paralisia cerebral tetraplégica espástica - condição em que os músculos ficam mais rígidos e podem se contrair involuntariamente, dificultando a coordenação dos movimentos.
Hoje com 20 meses, Harper ainda não consegue sentar, engatinhar ou ficar de pé sozinha. "É esperado que ela precise de talas ou de uma cadeira de rodas e provavelmente nunca andará sem ajuda. Você pode ver a confusão em seu rosto. Seu cérebro está dizendo a ela para se mover, mas ela não pode”, explica a mãe.
Os pais da menina estão arrecadando 80 mil euros para levá-la aos Estados Unidos, onde poderá fazer uma cirurgia que ajude a diminuir os espasmos e as dores. As doações podem ser feitas por meio da página Harper’s Little Helpers.
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