Em cerimônia virtual realizada nesta quarta (27), Aline Abreu, autora do comovente livro infantil ‘Quase Ninguém Viu’ (R$ 49,90, Jujuba Editora), foi homenageada com o Troféu Monteiro Lobato de 2020, prêmio que destaca pela excelência um dos autores dos 30 Melhores Livros Infantis do Ano da CRESCER. O reconhecimento é fruto de um trabalho meticuloso de análise de escrita e ilustração do qual participam mais de 42 jurados.
A homenagem à Aline foi conduzida pela editora-chefe da CRESCER, Ana Paula Pontes e a jornalista Cristiane Rogério, colaboradora que organizou a lista anual de livros nesta edição. Também participaram do encontro à distância os vencedores do troféu em anos anteriores: Lucia Hiratsuka, Odilon Moraes e André Neves, além de amigas e colegas de trabalho de Aline.
Na abertura, Ana Paula ressaltou a importância da arte, e especialmente dos livros, nesse momento de pandemia. “Fazemos essa lista há 15 anos e acredito que em 2020 esse trabalho seja mais fundamental do que nunca. A arte veio nos mostrar o quanto precisamos dela. É através dos livros que nós e nossos filhos podemos conversar sobre o mundo e entender a nós mesmos”, disse.
Aline, que foi convidada para a reunião sem saber que havia ganhado o Troféu, abriu um sorriso ao receber a notícia. “Esse último livro foi uma virada em muitos sentidos”, disse. “Foi onde tive coragem de me colocar com mais verdade, mais próximo do que é minha essência”. Ela também falou sobre arte em tempos de pandemia: “Houve um momento em que me questionei se devia continuar fazendo livros quando o mundo está acabando. Mas percebi que temos mais do que nunca que criar beleza. É a nossa arma, para refletir e devolver isso tudo para o mundo de uma forma melhor”.
A autora também agradeceu a presença dos colegas e amigos. “Sempre fiquei na expectativa de ver a lista e é uma honra estar na companhia de André, Lúcia, Odilon e Carol que pra mim são artistas que considero como exemplo de modo de estar no mundo, na forma com que se colocam, na ética, na consistência e coerência de suas produções. Aprendo muito com eles”, disse. “Queria agradecer também, especialmente, à minha editora, Daniela Padilha (da Jujuba Editora), que bancou a ideia do livro, mesmo em uma editora pequena e aguentou todas as mudanças de última hora. O trabalho só se concretizou nesse diálogo”.
Veja o que autores que também já venceram o Troféu disseram sobre Aline durante o evento:
André Neves, vencedor do Troféu Monteiro Lobato em 2013 - “Foi uma alegria saber que a Aline havia vencido, acompanho o trabalho dela desde o início. A lista da Crescer é esperada por todos anualmente. O prêmio vem sedimentar uma escolha contemporânea”.
Lúcia Hiratsuka, vencedora do Troféu Monteiro Lobato em 2016 – “A Aline é uma pessoa apaixonada por livros, pela arte. Já no boneco achei o livro lindo, vi que toda sua arte estava ali. Acho que ela deu um passo enorme como artista”.
Odilon Moraes, vencedor do Troféu Monteiro Lobato em 2018 – “Merecidíssimo. A Aline tem a característica de ter um lado artista e um lado pensador. Nem todo artista é assim, e nem isso é essencial para a arte, mas é um aspecto muito especial”.
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