
Poucas missões são mais difíceis do que dizer aos pais que uma criança enfrenta uma questão séria de saúde, sobretudo quando se trata de um órgão vital, como o coração. Mas o trabalho escolhido por Fabiana Aragão envolve enfrentar esse desafio de forma cotidiana. A repetição não torna a tarefa comum ou banal. É preciso uma boa dose de coragem e humanidade na comunicação com as famílias. Mas há também o outro lado: é sempre muito emocionante poder ajudar um pequeno paciente a se curar e poder dar a tão sonhada alta hospitalar.
A médica ganhou um jaleco especial, bordado a partir do desenho de uma pequena paciente
Reprodução/ Instagram
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Fabiana, que é cardiologista pediátrica no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, viveu recentemente um momento que a ajudou a lembrar o motivo que a levou a escolher esta profissão. A médica compartilhou em seu perfil no Instagram um presente simbólico que recebeu de uma criança de quem cuidou: um jaleco, bordado à mão, com seu nome escrito pela caligrafia da paciente. A publicação, emocionante, viralizou.
“Dar um diagnóstico para mãe, de que sua filha tem uma doença que possivelmente pode lesionar o coração é algo impactante. Depois de alguns anos fazendo o acompanhamento, pude finalmente dar alta para paciente e foi no dia da alta que ganhei o jaleco”, contou a especialista, em entrevista a CRESCER.
A cardiologista começou a usar o jaleco especial imediatamente. “Foi um gesto simples, mas são essas coisas que nos impulsionam todos os dias e nos ajudam a enfrentar o cansaço e reacender o significado do que fazemos”, observa. “Trabalhar com crianças é viver momentos de troca, afeto e superação todos os dias. Receber um jaleco com o bordado de um desenho feito por uma das minhas pacientes e meu nome escrito com sua própria letra torna tudo mais simbólico. Ver esse carinho se transformar em algo tão concreto me emocionou profundamente porque refletem o vínculo e o carinho construído ao longo do tempo. É acima de tudo, um lembrete do motivo de ter escolhido essa profissão: porque, no cuidado, somos transformados juntos”, conclui.
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