Thursday, November 20, 2025

“Achei que estava grávida, mas era câncer”, diz jovem de MG após remover tumor de 4,6 kg


A atendente Gabriela Silva Lopes, 23, de Contagem, Minas Gerais, vinha sofrendo com dores abdominais e cólicas fortes. Preocupada, decidiu ir ao médico e, para sua surpresa, ouviu que estava grávida. No entanto, poucos dias depois, ela decidiu fazer um teste de gravidez, que deu negativo. Ao investigar os sintomas, Gabriela recebeu uma notícia que virou sua vida de cabeça para baixo: diagnóstico de câncer de ovário. "Fiquei muito abalada", lembra, em entrevista exclusiva à CRESCER.
Ela decidiu compartilhar sua história nas redes sociais para alertar outras pessoas e as imagens repercutiram no TikTok. "Meu plot twist foi achar que eu estava grávida, mas, na verdade, era câncer", escreveu ela, enquanto mostrava sua barriga, que se assemelha ao de uma gestante.
Gabriela achava que era uma gravidez, mas era câncer
Arquivo pessoal
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Primeiros sintomas
Os sinais começaram quando ela tinha 20 anos. "Já vinha sentido alguns sintomas que era do câncer, só que não dei importância porque eram muito comuns. Fazia cinco meses que eu estava na academia. O tempo foi passando, comecei a notar que a minha barriga estava ficando muito inchada e comecei a estranhar. Achei que era por conta da alimentação, já que eu fazia uma nova dieta para perder peso", explica.
"Eu parecia grávida, mas era câncer de ovário"
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Em seguida, veio a dor na região abdominal, mais forte do que as cólicas que costumava sentir. "Procurei um médico, porque não passava, e eu não estava me aguentando de dor", lembra. Chegando lá, foi atendida por uma médica e explicou todos os sintomas. "Ela me apalpou e disse que tinha uma bolinha do tamanho de uma laranja na região abdominal. Com isso, ela falou: 'Eu acho que é uma gestação'", conta.
Como Gabriela havia terminado um relacionamento recentemente, acreditava que realmente poderia estar grávida. No dia seguinte, fez um exame de sangue, mas, para a sua surpresa, o resultado voltou negativo.
O diagnóstico
A dor continuava e a atendente precisou voltar ao hospital mais uma vez. "Voltei lá na médica, ela apalpou novamente e continuou dizendo que era uma gravidez. Decidiram fazer outro teste de gravidez para ter a certeza, poois poderia ter dado falso negativo", afirma. Gabriela repetiu o exame, que voltou negativo novamente. "Então, fizeram tomografia e falaram que era uma massa e que precisaria operar, porque já estava bem grande", conta.
A jovem foi colocada em uma lista de espera e o tempo até a cirurgia foi longo: 1 ano. "Durante esse um ano, eu só fui piorando. Fui passando muito mal, fui ficando mais doente. Aquela bolinha que, no início, era do tamanho de uma laranja foi ficando maior e foi crescendo, assim como uma gestação", recorda.
Mesmo doente, ela continuou com a rotina. "Eu não tinha qualidade de vida, não sabia nem o que era ter qualidade de vida. Eu passava mal todos os dias, o tempo inteiro. Era enjoo, muita dor nas costas, muita dor na região onde estava a massa. Eu sentia muita fraqueza, não conseguia tomar banho sozinha. Esperei durante um ano, fiquei muito abalada", lamenta.
Gabriela precisou esperar por um ano até fazer a cirurgia
Arquivo pessoal
Quando finalmente chegou sua vez, foi surpreendida com outra notícia que mudou completamente a sua vida: a massa, na verdade, era um câncer de ovário em estágio 2. "Para mim, meu mundo acabou. Eu, com 21 anos, não acreditava. Era como se eu estivesse vivendo uma outra realidade", recorda. "Quando a gente descobre o câncer, já pensa no fim. A gente já pensa em morte. No início, o impacto é muito grande, tanto para a gente quanto para as pessoas ao nosso redor. Minha ficha só foi cair um mês depois — eu sofri muito psicologicamente. Para mim, era algo surreal: nova, saudável e estava tendo que passar por isso", diz.
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O tratamento
Meses depois, em julho de 2024, Gabriela, finalmente, realizou a retirada do tumor, que já pesava 4,6 kg. "Eu fiquei bem, saudável. Mas, depois, veio a notícia de que eu teria que ser operada novamente. Os médicos precisavam ver se o câncer havia voltado, já que, durante a minha cirurgia, um nódulo do tumor acabou estourando e poderia ter infectado outras regiões do corpo", explica.
Tumor retirado de Gabriela pesava 4,6kg
Arquivo pessoal
A nova cirurgia aconteceu em setembro de 2024 e, em poucos dias, Gabriela recebeu alta. Mas o tratamento ainda não havia terminado. Em janeiro deste ano, a jovem iniciou as sessões de quimioterapia. "No início da primeira semana de quimioterapia, eu queria desistir, pois não estava aguentando tudo aquilo. Com isso, minha irmã juntou todos os seguidores dela para me incentivar. Muita gente me mandou mensagem de apoio e isso foi crucial para eu retornar o tratamento", conta.
"Foram três ciclos de quimioterapia, um período muito desafiador. Eu passava muito mal, não conseguia tomar banho sozinha. Acabei perdendo o meu cabelo também para o câncer e isso me machucava muito", recorda.
Gabriela durante a quimioterapia
Arquivo pessoal
Em março, finalmente, Gabriela soube que havia vencido o câncer. "Agora, eu faço acompanhamento de três em três meses com meu oncologista. Meu cabelo já está bastante grande e estou bem", conta. Mas ela sente não é mais a mesma. "As pessoas acham que acabou o câncer e a vida volta normal — e não é bem assim. A depressão pós-câncer existe e eu estou nesse momento", lamenta.
Gabriela e a equipe médica pós terminar a quimioterapia
Arquivo pessoal
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Aos poucos, está retomando a rotina. "Para a gente, que é jovem, é bem difícil. A autoestima também é algo que pega muito. Tem sido mais difícil psicologicamente do que fisicamente. Já voltei ao trabalho, para a academia, mas, psicologicamente, me sinto muito afetada. Tem também o medo de o câncer voltar — porque esse risco existe — e ter que passar por isso tudo de novo", ressalta.
Apesar dos desafios, a batalha também despertou sentimentos novos e profundos. "Eu aprendi a valorizar mais as pessoas, eu consegui me abrir mais e aproveitar muito a vida que a gente tem. Sair, conhecer lugares, viver coisas diferentes, aproveitar as pessoas e valorizar os momentos", finaliza.
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Gabriela atualmente
Arquivo pessoal


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