Thursday, November 20, 2025

Mãe descobre gravidez poucas semanas após perder marido: “Era o sonho dele”


Nos últimos meses, a vida da professora Leiliane de Sousa e Souza, de 37 anos, virou de cabeça para baixo. No dia 15 de agosto, ela recebeu a notícia de que o marido, o caminhoneiro Gilvan da Silva Andrade, de 33 anos, havia falecido após sofrer um acidente em Araguaína, no Tocantins. Vivenciar o luto com o filho de 2 anos foi extremamente difícil e doloroso. No entanto, menos de um mês depois, a viúva foi surpreendida com a notícia de uma nova gravidez.
Mãe descobre gravidez após morte do marido
Arquivo Pessoal
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Desde então, a vinda da pequena Zara Geovana vem sendo um suspiro de felicidade em meio a perda, mas representa também um desejo antigo do pai. “Ele se foi sem saber que estávamos esperando o nosso segundo filho, e ainda mais uma menina, que era o sonho dele”, contou Leiliane, que mora em Nova Olinda (TO), em entrevista à CRESCER.
A professora conheceu o marido em 2020. Na ocasião, Gilvan já trabalhava como caminhoneiro. “Nessa viagem, amigos em comum fizeram papel de cupido. Logo, ele me mandou convite de amizade no Facebook e começamos a conversar”, contou. Ela ainda se lembra da primeira vez que encontrou o marido pessoalmente. “Foi dia 7 de setembro de 2020. Desde então, passamos a nos encontrar com frequência até decidirmos iniciar o namoro”.
Em 2021, o casal decidiu morar junto e, a princípio, não tinha planos de ter filhos, tanto que Leiliane ainda usava o Dispositivo Intrauterino (DIU). Com o tempo, o desejo de aumentar a família foi crescendo e, então, a professora tirou o DIU e ficou na expectativa da gravidez. No entanto, a jornada não foi fácil. “Eu já tinha desistido da ideia de ter filho até que, no início de 2023, descobri que estava grávida. Fiquei muito feliz, fizemos o chá revelação e descobrimos que era um menino”.
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Leiliane com a família
Arquivo Pessoal
Ao longo da gravidez, Leiliane contou com o apoio do marido. “A minha primeira gestação foi cheia de cuidados e amor. Ele não deixava faltar nada”, mencionou. O pequeno Josué nasceu prematuramente com 32 semanas e precisou permanecer na UTI por 17 dias. Ao todo, foram 42 dias de internação. “Ele ficou entre a vida e a morte. Não sabíamos se iríamos conseguir levá-lo para casa com vida”.
Foi um período angustiante. “Já tinha sido difícil engravidar e a ideia de ficar sem o nosso filho era horrível. Meu esposo sofreu muito, principalmente porque não podia ficar com a gente. Ele não tinha como largar o emprego, já que estávamos tendo muitas despesas, pois ficamos em uma cidade vizinha”, explicou.
Felizmente, com o tempo, o pequeno Josué se recuperou e pôde voltar para casa. Contudo, a experiência da UTI deixou marcas profundas na família. “Ficamos com receio de ter outro filho. Ele mesmo falava que tinha medo de passar novamente por tudo. Depois que tive meu primeiro filho, passei um tempo tomando anticoncepcional e amamentando”.
O acidente
No início do ano, Gilvan começou a trabalhar para frigoríficos. “Ele era um motorista experiente e responsável, era muito comprometido com o trabalho. Sempre muito honesto”, descreveu a viúva. Na semana do acidente, o pai já tinha feito algumas viagens e voltava de um trabalho no Maranhão. “Ele tinha vindo à nossa cidade para descarregar o gado do frigorífico. Não veio jantar e nem tomar banho, porque a viagem estava apertada, não dava para vir”, ela contou.
A última conversa entre o casal foi à meia-noite, por telefone. Na madrugada, Leiliane recebeu uma ligação do cunhado dizendo que seu marido havia sofrido um acidente e estava em estado grave. “Entrei em desespero, porque estava sozinha em casa com nosso filho de 2 anos. Liguei para meus familiares e todos me ajudaram a ajeitar as coisas para irmos para a cidade vizinha”, conta.
Quando chegaram ao hospital, a família foi informada de que Gilvan tinha sofrido múltiplas fraturas no corpo e na cabeça. Ele foi atropelado pelo caminhão, enquanto tentava consertar uma falha no veículo. “Passamos oito dias com ele na UTI do hospital. Ele fez hemodiálise, teve várias paradas cardíacas e não resistiu”.
Gilvan era caminhoneiro
Arquivo Pessoal
Gilvan faleceu em 15 de agosto no hospital e sua família ficou devastada. “Eu senti que meu mundo estava demorando, e até hoje me sinto assim, tenho sido forte, buscando forças em Deus porque tenho meus filhos que precisam de mim, que dependem totalmente de mim”, desabafou Leiliane.
A professora ficou afastada do trabalho por um mês e, depois, voltou para a escola como forma de distrair sua mente. “Minha família, desde então, tem me dado forças, apoio psicológico e financeiro. Até o momento, ainda não consegui voltar para nossa casa, estou me preparando psicologicamente para conseguir retornar à nossa casa”, ressaltou.
Uma nova vida
Leiliane começou seu tratamento para ansiedade generalizada com medicação e terapia. No dia 4 de setembro, ela passou mal após jantar e decidiu fazer um exame de sangue de Beta hCG apenas por desencargo. “Achava que tudo que eu estava sentindo era por causa da ansiedade e da situação, porém, como tinha que continuar tomando as medicações, resolvi fazer”.
Quando saiu o resultado positivo, a viúva sentiu um misto de sentimentos. “Fiquei muito feliz e, ao mesmo tempo, com medo e triste, porque meu esposo não estaria mais comigo para me dá todo apoio, e pelo fato meu primeiro filho chamar por ele, e esse outro filho que não terá oportunidade de conhecê-lo. Minha família super me acolheu e me ofereceu apoio, tive alguns contratempos, mas agora está tudo bem”, ela destacou.
A professora descobriu a gestação com nove semanas e, logo depois, após a sexagem fetal, ficou emocionada ao saber o sexo do bebê. “Vamos ter uma princesa. Era o sonho dele ter uma filha mulher”. Hoje, Leiliane vem tentando lidar com o luto em meio à gestação. “Sinto muita saudade, todos os dias. Dou graças a Deus por tê-lo conhecido, por ter demostrado meus sentimentos para ele, por ter demonstrado o quanto eu tinha orgulho dele, de que eu o amava, de como ele era importante para mim. E por saber que tudo que ele fez, o tanto que ele se sacrificava, era pela nossa família”, enfatizou.


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