Fazer aviãozinho, inventar músicas, criar obras de arte com a comida… Quando o filho não come bem, os pais fazem de tudo e mais um pouco! Mas sabemos que não é fácil manter a calma e a criatividade nessa situação. A arquiteta Karin Zimer tentou – e ainda tenta – todas as possibilidades com a filha Júlia, 7 anos, que comia bem até os 2. “Segui as orientações do pediatra, a regra dos Ps: não prometer, não punir e não premiar. Não tive resultado. Chegou uma hora que perdi a paciência e fiz tudo ao contrário... Também sem sucesso. Ultimamente, depois de muita encrenca, promessas e chantagens, ela prova algo diferente, desde que não seja vermelho nem verde! No almoço e jantar é arroz, batata e carne. Fruta, só maçã. Foram cinco anos para ela voltar a comer feijão, até que, no ano passado, a professora falou na aula que quem come feijão solta muito pum! Pronto, nunca mais comeu”, lamenta.
As brigas para comer começam mesmo por volta de 1 ou 2 anos, fase em que a criança, de uma hora para a outra, pode recusar ou ficar seletiva em relação aos alimentos. Diversos motivos estão por trás disso. Na maioria das vezes, é apenas porque a criança está começando a se socializar e a explorar o mundo, o que deixa a comida em segundo plano. Porém, se a recusa se mantiver por muito tempo, vale investigar com a ajuda do pediatra. O certo é elogiar em vez de recriminar – isso sem falar no exemplo. Também funciona levar a criança à feira e cozinhar junto com ela. “Fazer as refeições em família é essencial, bem como permitir que a criança pegue os alimentos quando está aprendendo a comer. Dá para fazer combinados também. Se o seu filho só come macarrão, por exemplo, diga que ele pode comer a massa desde que experimente, no mínimo, outros dois acompanhamentos, como uma proteína e uma hortaliça”, completa a nutricionista Tamyres Ribeiro, especialista em nutrição materno-infantil, de Fortaleza (CE).
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